entenda as propostas econômicas do presidente eleito da Argentina
Com discurso antipolítica e ideias econômicas ultraliberais, Javier Milei foi eleito presidente da Argentina com 55% dos votos.
Ele terá a difícil missão de controlar uma inflação que bateu 140% em 12 meses. O país ainda sofre com a desvalorização cambial e tem 40% da sua população na pobreza.
O presidente eleito afirmou que uma de suas prioridades é “resolver o problema da Leliq”. Trata-se da taxa básica de juros do país, que hoje está em 133% ao ano.
Milei não disse, entretanto, como fazer isso. Porém, afirmou que vai levar entre 18 e 24 meses para controlar a inflação.
Outra promessa de campanha é fechar o Banco Central, “uma obrigação moral”, segundo ele. Além disso, ele pretende dolarizar a economia.
Por enquanto, o presidente eleito disse que vai manter as taxas de câmbio atuais e seguir com as medidas de restrição à compra de dólares.
Um dia depois de eleito, confirmou que vai privatizar a empresa estatal de petróleo YPF e as companhias públicas de comunicação do país.
Na campanha, uma ideia levantada foi uma possível saída da Argentina do Mercosul, além de cortes das relações comerciais com os dois principais parceiros: China e Brasil.
A posse de Javier Milei será no dia 10 de dezembro.