Mesmo antes de concluída a apuração dos votos nos EUA, os mercados já começaram a repercutir a vitória do republicano Donald Trump.
No exterior, o dólar ganhou força frente às principais moedas e as bolsas americanas registraram ganhos expressivos.
John Plassard, senior asset specialist do Grupo Mirabaud, avalia que com a vitória republicana, ganha força a política de “EUA em primeiro lugar”, “que favorece o investimento doméstico, mas com o risco de aumentar a inflação e o déficit”.
Além da pressão inflacionária e aumento do risco fiscal, “esse retorno pode intensificar tensões geopolíticas, especialmente com a China”, diz Plassard.
No mercado americano, o corte de impostos “pode aumentar os lucros das empresas americanas, favorecendo o S&P 500, apesar de possíveis obstáculos legislativos”.
Para as empresas brasileiras, no entanto, isso pode trazer desafios. Segundo Larissa Lima, analista da EQI, as políticas do republicano podem “moldar um ambiente desafiador para empresas brasileiras com grande exposição ao mercado internacional”.
Na avaliação de Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos, a tendência é o dólar se manter forte frente a todas as outras moedas, pelo menos até que o mercado tenha maior visibilidade sobre as políticas de Trump.