À medida que o Pix vai sendo cada vez mais utilizado, aumentam também relatos de golpes.
Um deles, que viralizou recentemente nas redes sociais, é o golpe do Pix errado.
O primeiro passo dado pelos fraudadores é fazer uma transferência para a conta da potencial vítima.
Como parte das chaves Pix é um número de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e realizar um Pix.
Logo depois de fazer a transferência, a pessoa entra em contato com a pessoa pelo número de telefone, seja ligação ou mensagem de WhatsApp, por exemplo.
Uma vez feito contato, o criminoso tenta convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que o suposto beneficiado devolva o dinheiro.
Na tentativa de convencimento, está uma das chaves para o golpe dar certo: a pessoa mal-intencionada pede a devolução em uma conta distinta da que fez a transferência inicial.
Por isso, a primeira forma de descobrir se você pode estar caindo em um golpe é checar se a pessoa está pedindo a devolução do dinheiro na mesma conta de origem do Pix. Para isso, basta conferir o extrato bancário.
O prejuízo acontece porque, em paralelo ao trabalho de convencer a vítima, o golpista se utiliza de um mecanismo criado justamente para coibir golpes, o Mecanismo Especial de Devolução (Med).
Os criminosos acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima. A transação é analisada e o banco entende essa triangulação como típica de um golpe.
Daí ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada. Desta forma, o golpista que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.