Para especialistas, o ideal é acertar as contas para depois abrir uma carteira de investimentos.
Em média, um terço (32%) de toda a fonte de renda das famílias paulistanas está comprometida com o pagamento de dívidas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da FecomercioSP.
Esse é o maior valor da série histórica, iniciada que em 2010. As dívidas com cartão de crédito, por exemplo, chegam a consumir 85,5% da renda mensal.
Para o planejador financeiro Carlos Castro, da Planejar, é mais recomendado ao investidor buscar quitar a dívida o quanto antes ao invés de iniciar um investimento.
“Não existe um investimento cujo retorno seja maior do que o custo do crédito. Para quem está endividado, a equação é complicada. Não tem como investir dinheiro enquanto se paga a dívida”, afirmou Castro.
Já para o investidor que escolher começar um investimento com objetivo de obter recursos a mais para cobrir a dívida, o caminho deve levar em conta dois itens essenciais: a segurança e a liquidez do investimento.
É o que afirma o analista da Rico, Antônio Sanches. “Isso já elimina praticamente todos os investimentos em renda variável, porque precisamos de uma renda que seja fixa, que seja previsível para fazer a quitação da dívida”, disse.