Pensar em herança não é assunto fácil – não é à toa que muitas vezes termina em brigas familiares.
Mas saiba que, com planejamento, é possível abrir o caminho para uma vida financeira mais segura para seus herdeiros quando você se for.
Há várias formas de se planejar a sucessão – um verdadeiro “canivete suíço, com várias ferramentas”, diz a planejadora Luciana Ikedo. Confira algumas delas:
Previdência privada:
Os valores investidos não passam pelo inventário e, por enquanto, não é cobrado o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre os valores transmitidos.
Seguro de vida:
Há alguns cuidados necessários na contratação de um seguro de vida, mas o produto pode ser um aliado nesse planejamento para a herança.
Luciana sugere buscar os seguros para vida inteira, não os convencionais. No caso do seguro para a vida inteira, o cliente contrata o seguro e paga por um período de tempo ou até mesmo por toda a sua vida, mas com a garantia de cobertura completa.
Testamento:
Pelo testamento, pode-se destinar livremente 50% do patrimônio – a chamada parte disponível da herança. Os outros 50% – chamados de a parte legítima – precisam ser destinados aos herdeiros legais, nas proporções estipuladas por lei.
Doação em vida:
Geralmente, é feita a doação com reserva de usufruto: quando a pessoa passa a propriedade para o herdeiro, mas ainda pode usá-la em vida.
Inclusive, esse instrumento tem sido usado por quem busca reduzir os impactos da reforma tributária na herança. A Reforma Tributária tornou a alíquota do ITCMD progressiva, devendo ser de 2% a 8%, conforme o valor dos bens transmitidos. Assim, ao “dividir” a transmissão dos bens ao longo do tempo, pode-se reduzir a alíquota paga.