Imóvel próprio:

Como se livrar de um financiamento de 30 anos em 10 e ainda pagar menos

A decisão de comprar uma casa própria leva em conta muitos fatores psicológicos e de estilo de vida. Trata-se de um bem muito caro e que exige uma disciplina grande

A maneira mais popular de aquisição de um imóvel no Brasil é por meio do financiamento imobiliário, dívidas bancárias que duram até 30 anos

“Na prática quem concede o crédito compra o imóvel e cobra de você as parcelas de pagamento do valor deste imóvel”, explica Thiago Godoy, educador financeiro da Rico.

Quando as parcelas são pagas, parte do dinheiro vai para a quitação do imóvel. Em média, 30% de cada parcela é destinada ao saldo devedor, enquanto os outros 70% são juros.

A amortização é a liquidação de parte do valor financiado. Esse saldo devedor é parte da composição das parcelas pagas mensalmente, junto com os juros, seguros e taxas do banco.

“Se o devedor dispuser de dinheiro para amortizar parte dessa dívida, ele poderá quitar uma parte ou todo o saldo devedor”, diz Clay Gonçalves, planejadora financeira da SuperRico.

Ou seja, amortizar significa pagar um valor extra, além da parcela mensal. “Na prática, você paga a parcela do financiamento e coloca um valor a mais na amortização”, diz Godoy.

O tipo da amortização vai variar com o tipo do contrato de financiamento, já que alguns limitam a parcela que pode ser amortizada. Gonçalves explica que há dois gêneros de financiamento:

Pela tabela SAC, cujos juros penalizam menos o tomador de crédito. Então, é possível amortizar o contrato se livrando das últimas parcelas e diminuindo o tempo de contrato

Ou pela tabela Price, em que as prestações são fixas. Dessa forma, as amortizações são crescentes e juros decrescentes a cada parcela.

Ele afirma que a chave é usar qualquer dinheiro extra disponível para amortizar a dívida: “não importa se são R$ 200, R$ 300 ou mais – qualquer valor faz diferença”. Afinal, os juros não serão cobrados neste valor adicional.

A amortização pode ser feita de duas formas: por tempo, quando se diminui a incidência de juros visto que a duração do pagamento é menor.

Ou por valor, em que se reduz a parcela mensal da dívida por meio de aportes extras mensais. Essa é a forma mais vantajosa já que, no longo prazo, os juros ainda serão pagos.

Para aplicar essa estratégia, acesse o app do banco onde você fez o financiamento do imóvel e escolha a opção “amortização por tempo”.

A cada mês, ou quando reunir um valor extra, direcione-o para a amortização.