Segundo a Academia Suíça, Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson ajudaram a entender como as instituições são formadas e afetam a prosperidade de um país.
“Sociedades com um estado de direito fraco e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudança para melhor”, diz o comunicado.
Os laureados mostraram que uma explicação para a diferença na prosperidade dos países são as instituições e como elas foram introduzidas durante a colonização.
“Instituições inclusivas foram criadas em países que eram pobres no momento da colonização, e com o tempo, isso resultou em uma população mais próspera”.
Em uma de suas pesquisas, Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson estudaram a cidade de Nogales.
Dividida por uma cerca, a porção norte de Nogales faz parte do estado americano do Arizona e ao sul, faz parte de Sonora, no México.
No norte, a população de Nogales vive bem, tem expectativa de vida relativamente elevada e a maioria dos jovens se forma no ensino médio.
Já na parte mexicana da cidade, a população é consideravelmente mais pobre do que no lado norte da cerca.
Mas o que explica essa diferença? O clima é exatamente o mesmo, a origem da população também é parecida e há diversas semelhanças culturais. A diferença decisiva, portanto, não é a geografia ou a cultura, mas as instituições.