Taxa Selic:

O que é e como ela afeta seu dinheiro?

Também conhecida como Selic Meta, é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, a Selic tem papel fundamental na economia do país

Além de servir como base para as outras taxas de juros, ela também impacta o comportamento da inflação e o retorno dos investimentos

A Selic foi criada em 1979, quando o Brasil vivia um cenário de hiperinflação e o governo buscava maneiras de controlar o problema e manter o poder de compra da população.

Até hoje a taxa é a principal ferramenta do governo para equilibrar a economia

Qual a relação entre a Taxa Selic e a taxa de inflação? De modo geral, é importante entender que a inflação é causada pelo consumo da sociedade.

Assim, à medida que a demanda por bens e serviços cresce, os preços também aumentam; pelo mesmo raciocínio, os preços caem se a procura por esses itens diminui.

Um dos motores do consumo é a oferta de crédito, ou seja, o acesso da população a empréstimos, linhas de crédito e financiamentos.

Quanto mais barato for o crédito, mais as pessoas tendem a gastar e, consequentemente, impulsionar a inflação.

Dessa forma, ao aumentar a taxa Selic, o Banco Central busca desaquecer a economia, limitando a quantidade de dinheiro em circulação e tirando a pressão da demanda.

Quando os preços estão subindo moderadamente, dentro da chamada “meta de inflação”, o Copom pode decidir baixar a Selic e incentivar crédito e consumo.

Esse mecanismo de controle da inflação por meio da Selic funciona melhor quando os preços estão subindo por uma alta na demanda.

Pode haver, porém, uma queda na oferta – seja por desastre climático, pandemia ou guerra – e, nesse caso, aumentar a Selic pode não ser o suficiente para controlar a alta dos preços.

A taxa de juros interfere diretamente no rendimento de ativos de renda fixa atrelados a ela, como o Tesouro Selic.

Em outros investimentos de renda fixa, ela tem influência indireta, como na poupança e nos investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

Na renda variável, a influência já é menos imediata e mais ligada à especulação. Por exemplo, possíveis cortes na taxa podem estimular alguns investidores a investir em ações