No último domingo, 07, aconteceu na França o segundo turno das eleições legislativas do país
Após a vitória da extrema direita na primeira rodada das votações, os dados definitivos da apuração confirmaram a vitória considerada surpreendente da coalizão de esquerda, Nova Frente Popular (NFP).
Com o primeiro lugar, a NFP assegurou 182 assentos da Assembleia Nacional, seguido pela coalizão centrista do presidente Emmanuel Macron, Juntos, com 168 cadeiras.
A extrema direita, representada pela Reunião Nacional e aliados, ficou com 143 assentos.
Com isso, nenhum partido ou aliança conseguiu maioria absoluta para governar sozinho. São 577 assentos no total.
Segundo analistas, embora a derrota do partido de extrema direita de Marine Pen seja um alívio para os investidores, o resultado das eleições aponta para uma dificuldade de formar um novo governo.
Isso porque um Parlamento sem maioria gera novas incertezas sobre os mercados e prepara o cenário para mais volatilidade.
Segundo relatório do Commerzbank, com a necessidade de alianças para formar maioria, uma liderança de esquerda conseguirá implementar apenas algumas de suas promessas.
Mas, ainda assim, é esperado que o já elevado déficit do país aumente.
Para o banco alemão, como nenhum bloco chega perto de alcançar a maioria (289 assentos), a estabilidade da Nova Frente Popular é questionável.