“O câmbio é uma das variáveis econômicas mais complexas e mais difíceis de prever por conta dos diversos fatores que o afetam”, diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.
O preço do dólar é influenciado por uma combinação de fatores não só econômicos, mas também fatores políticos.
Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, a dificuldade de previsão também acontece porque a trajetória do dólar depende da dinâmica de dois mercados – os emissores de cada uma das moedas.
Além disso, o mercado de dólar responde ao ritmo de negociação em tempo real. “A natureza volátil do câmbio faz com que seja uma variável muito sensível ao noticiário e a dinâmicas de muitos mercados diferentes”, resume.
Segundo ele, no entanto, o principal fator a influenciar a cotação do dólar é o fluxo de moeda estrangeira para o País, ou seja, a relação entre entradas e saídas de dólares.
Outro componente importante é o diferencial de juros entre os Estados Unidos e o Brasil.
Se há tanta incerteza nesse mercado, como os investidores podem se posicionar? Para os especialistas, a resposta para isso é recorrência e diversificação.
“A imprevisibilidade do câmbio faz com que a regra de ouro para investir no exterior seja a recorrência. É a única maneira de evitar se expor demasiadamente a um momento desfavorável, formando um preço médio ao longo de aportes espaçados”, diz Igliori.
Já Bruna Sene, da Rico, destaca a necessidade de diversificar o portfólio. “E apesar dessa volatilidade, é importante buscar um horizonte de investimento mais a longo prazo e um portfólio bastante equilibrado”.