Investir melhor
Você está subindo na vida?
Francine Mendes
@francinemendesFrancine Mendes Gregori é Fundadora e CEO da FemFintech ELAS QUE LUCREM (EQL). Economista formada pela UFSC e especialista em educação financeira para mulheres, mestre em Psicanálise do Consumo pela Universidad Kennedy, Presidente do comitê de Insurtech da Abranet e autora do livro ‘Mulheres que Lucram’, o 4o livro mais vendido de finanças do Brasil.
Desde pequeninha, em minha casa, falava-se no casamento como virtude pública e privada de segurança da liberdade para uma garota. Há no inconsciente coletivo que o matrimônio às mulheres é um veículo de ascensão social, proteção emocional, física e financeira. Afinal, “boas” moças devem se casar para subir na vida?
Sinto informar querida leitora – não!
O casamento serve somente para nos fazer mais felizes. Até porque precisamos lucrar com a venda do nosso tempo, mesmo que seja para direcionar somente à nossa família.
A maior fonte de frustração das mulheres é não receber reconhecimento pelas atividades não remuneradas. Essa história de “só ficar em casa” ou “ter um cartão de crédito à sua disposição”, não são sinais de que você está subindo na vida. Pode até ser, caso você receba de forma justa por isso. Sim, eu estou falando em cobrar pelas atividades que você desempenha.
O bom casamento pode ajudar a subir na vida, aqui leia-se “bom casamento” não um parceiro rico, mas aquele que te valoriza. Se não remunerar por suas funções em casa, precisa cooperar para deixar sua vida mais saudável. O matrimônio é uma sociedade; se os dois trabalham para que essa sociedade prospere, quem trabalha mais, ganha mais.
Uma forma justa que encontramos em minha casa de estipular uma medida de valor adequada para minha rotina mais concorrida que a do meu marido, foi a de um pagamento de Pró-Labore (salário dos sócios) pelo meu tempo quando estou organizando os afazeres domésticos. A iniciativa partiu dele quando me via chegar em casa e resolver todas as demandas da nossa família até altas horas. No nosso caso, já que ambos trabalham fora, combinamos juntos o que seria conveniente para que minha conta bancária fosse premiada pelo uso do meu tempo em favor de todos.
Tem parceiros que não fazem essa distinção e colocam todos os recursos no mesmo cesto. Alguns ainda estipulam a “mesada”, faz tempo que deixei de usar essa nomenclatura, acho infantil e reducionista. O pró-labore tem significado mais racional e objetivo.
Subir na vida é uma questão de se valorizar e dar suporte da mesma forma que recebe. Só subimos na vida quando fazemos investimentos no nosso ativo mais valioso: o tempo.
Precisamos nos desprender da busca ou permanência em relacionamentos que adoecem nossa saúde emocional, física e financeira. Por outro lado, valorizar parcerias que nos trazem paz e segurança por colocar créditos em nossa conta emocional.
O que vemos ainda são muitas famílias que subestimam a força econômica da mulher. Todos ganham com mais dinheiro na conta delas, uma profissão que gere renda e saúde mental (mesmo que seja apenas dentro de casa).
Não é difícil, por exemplo, começar a subir na vida fazendo uma renda extra com algumas horas do seu dia. Na plataforma Elas que Lucrem, já é possível ser uma afiliada para comercializar produtos que tornam as mulheres mais independentes e felizes. No final do dia, o que faz as pessoas subirem de patamar, é investir em conhecimento, fazer escolhas sábias e lucrar com isso.