ETFs
Fim do ciclo de alta de juros no Brasil?

Itaú Asset
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu para definir a nova taxa básica de juros, a Selic. A taxa foi elevada em 25 pontos-base, para 15,00% ao ano – o maior nível em mais de quinze anos.

Quando os bancos centrais sinalizam o fim de um ciclo de alta dos juros, investidores imediatamente recalibram suas expectativas, refletindo essas mudanças nos preços dos ativos financeiros. Este momento costuma representar uma virada estratégica, com impactos diferentes para os mercados de renda fixa e renda variável.
Na renda fixa, a perspectiva de estabilização ou queda das taxas de juros é geralmente positiva. Como os preços dos títulos são inversamente relacionados às taxas, o fim das altas promove ganhos de capital nos títulos já emitidos. Investidores, portanto, começam a antecipar movimentos futuros e aumentam a demanda por títulos mais longos ou com taxas prefixadas, buscando capturar essas oportunidades. ETFs como o B5P211, IMAB11, IB5M11, IRFM11 e IDKA11 podem ajudar a expressar em mercado a mudança nas oportunidades com simplicidade, diversificação, baixo custo e eficiência tributária.
Além disso, os ETFs oferecem vantagens importantes:
- Alíquota fixa de 15% de IR desde o início do investimento, sem necessidade de esperar 2 anos como nos títulos tradicionais;
- Reinvestimento automático dos cupons sem incidência de imposto;
- Isenção do imposto “come-cotas”, que afeta os fundos convencionais;
- Alta liquidez, diversificação automática e custos reduzidos.
O ETF IDKA11 formado por títulos prefixados do Tesouro acumula uma rentabilidade de 10,89% em 2025 (até 18/06/25). Seu desempenho reflete a expectativa de queda nas taxas de juros em 2026, o que valoriza os papéis prefixados.
Por outro lado, o ETF IMAB11 reúne títulos IPCA+ do Tesouro apresenta alta de 7,06% no ano (até 18/06/25), sendo uma opção atrativa para quem busca proteção contra a inflação, com rendimentos reais no longo prazo.
Já para o mercado de renda variável, o fim do ciclo de aperto monetário sinaliza condições mais favoráveis para crescimento econômico e lucros corporativos. Com juros elevados, o custo de financiamento das empresas aumenta e o consumo desacelera, reduzindo margens e resultados. A perspectiva de estabilidade ou queda das taxas melhora o sentimento, impulsionando as ações, principalmente aquelas mais sensíveis às oscilações econômicas. ETFs como o BOVV11, FIND11e DIVO11, podem ajudar a entrar rapidamente na classe de renda variável com muita eficiência e custos sob controle.
No entanto, o impacto positivo sobre as ações nem sempre é imediato. Inicialmente, pode haver volatilidade enquanto os investidores interpretam as mensagens dos bancos centrais e reavaliam riscos econômicos, como inflação e desaceleração. Com o tempo, porém, tende a prevalecer um cenário mais otimista, à medida que a economia se ajusta às novas expectativas.
As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3
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