Glossário

SMLL B3 (Índice Small Cap) - O que é, significado e definição

Conheça o SMLL, índice da B3 que mede desempenho de ações de empresas brasileiras de menor capitalização, chamadas small caps

O SMLL B3, ou Índice Small Cap, é um indicador desenvolvido pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) que mede o desempenho médio de ações das empresas de menor capitalização listadas na bolsa brasileira. Foi criado para refletir o comportamento de companhias com valor de mercado relativamente inferior ao das grandes empresas, conhecidas como “blue chips”.

Embora menores em tamanho, muitas das empresas que compõem o SMLL B3 oferecem grande potencial de crescimento e valorização no longo prazo, o que atrai investidores com perfil mais arrojado.

Qual é o objetivo do SMLL B3?

O principal objetivo do SMLL B3 é servir como um referencial de desempenho para o segmento de ações de empresas de pequeno porte no mercado brasileiro. Além disso, ele ajuda a:

  • Oferecer maior visibilidade às empresas menores.
  • Permitir comparações com outros índices da B3, como o Ibovespa.
  • Servir como parâmetro para fundos e carteiras focadas em small caps.

Como funciona a composição do SMLL B3?

A carteira do SMLL é formada exclusivamente por ações e units de companhias listadas no mercado à vista da B3, desde que atendam cumulativamente aos seguintes critérios:

  • Capitalização de mercado: o ativo deve estar fora da lista dos que, em ordem decrescente, representam os 85% de maior valor de mercado total das empresas listadas no mercado à vista (lote-padrão) da B3.
  • Negociabilidade: deve estar entre os ativos que, nos três ciclos anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 99% do somatório total desses indicadores.
  • Presença em pregão: participação mínima em 95% dos dias de negociação ao longo das três carteiras anteriores.
  • Penny stock: não pode ser classificado como penny stock, conforme definição do Manual de Índices da B3.

Além disso, ativos resultantes de ofertas públicas realizadas durante os três ciclos anteriores podem ser incluídos mesmo que não tenham estado listados durante todo o período, desde que:

  • A oferta tenha ocorrido antes do rebalanceamento imediatamente anterior;
  • O ativo tenha presença mínima de 95% desde seu início de negociação;
  • Atenda cumulativamente aos critérios de capitalização, negociabilidade e ausência de classificação como penny stock.

A seleção final dos ativos que compõem o SMLL B3 é definida com base nos dados apurados na segunda prévia da carteira quadrimestral.

A carteira teórica do SMLL é revisada nos meses de janeiro, maio e setembro.

Como é calculado o SMLL B3?

O SMLL B3 é um índice de retorno total, ponderado pelo valor de mercado ajustado de cada uma das ações componentes, conforme as seguintes etapas:

  1. Determinação do valor de mercado ajustado: considera apenas as ações em circulação no mercado (free float).
  2. Ponderação: cada ação tem peso proporcional à sua representatividade no mercado, com limites de concentração que impedem uma única empresa de ter participação excessiva.
  3. Cálculo da variação: a variação do índice reflete as mudanças nos preços das ações da carteira teórica ao longo do tempo, com o efeito do reinvestimento de proventos, como dividendos e juros sobre capital próprio.

Esse método oferece uma visão precisa da evolução do desempenho total das small caps brasileiras, com base na variação dos preços e no efeito dos proventos.

Quais são as principais características do SMLL B3?

  • Foco em small caps: inclui empresas de menor porte e maior potencial de crescimento.
  • Diversificação: contempla companhias de diversos setores da economia.
  • Revisão periódica: atualização quadrimestral da carteira teórica, conforme critérios objetivos.
  • Ponderação ajustada: cada empresa tem peso proporcional ao seu valor de mercado ajustado.
  • Indicador de mercado: representa a performance média desse segmento no mercado acionário brasileiro.

Quais são as vantagens de acompanhar o SMLL?

  • Identificação de oportunidades: muitas small caps possuem potencial de valorização superior às grandes empresas.
  • Diversificação: permite o acompanhamento do desempenho de várias empresas menores e a redução do risco específico.
  • Benchmark especializado: referência útil para fundos, analistas e investidores que focam nesse segmento.
  • Estimula a liquidez: dá maior visibilidade às empresas menores, aumenta o interesse dos investidores e eleva o volume de negociação.

Como investir com base no SMLL B3?

Embora não seja possível investir diretamente no índice, existem formas de utilizar o SMLL como parâmetro ou inspiração para investir:

  • Fundos de investimento: existem fundos especializados em small caps que podem utilizar o SMLL como benchmark.
  • Seleção direta de ações: investidores podem analisar a carteira teórica do SMLL para identificar empresas que se enquadram no seu perfil de investimento.
  • Estratégias passivas: alguns ETFs ou carteiras administradas podem replicar ou se inspirar na composição do SMLL.

Investir em small caps pode ser uma estratégia interessante para quem busca valorização no longo prazo, mas exige uma maior tolerância ao risco.

Diferenças entre SMLL e outros índices da B3

ÍndiceFoco
SMLLAções de empresas de menor capitalização (small caps)
IBOVAções mais representativas em termos de liquidez e volume
IBrX-2Ações com características de valor
IGCEmpresas com boas práticas de governança corporativa
IFNCEmpresas do setor financeiro

Cada índice possui uma composição e objetivo diferentes. O SMLL B3 se destaca por ser o principal termômetro do mercado brasileiro de small caps.

O SMLL B3 (Índice Small Cap) é uma ferramenta valiosa para quem deseja acompanhar ou investir em empresas de menor capitalização na bolsa brasileira. Ele reflete o desempenho de companhias que, embora menores em tamanho, podem oferecer grandes oportunidades de valorização, especialmente para investidores com horizonte de longo prazo e maior disposição ao risco.

Assim como em qualquer estratégia, é fundamental realizar uma análise criteriosa dos ativos, com avaliação não apenas do potencial de valorização, mas também dos riscos associados ao investimento em small caps.


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