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10 frases icônicas de Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda e economista do “milagre econômico”

Considerado um dos maiores economistas brasileiros, ele morreu nesta manhã deixando uma filha e um neto

Antônio Delfim Netto, considerado um dos maiores economistas brasileiros, morreu nesta manhã deixando uma filha e um neto. Conhecido por seu papel como Ministro da Fazenda durante o regime militar (1967-1969), ele deixa também uma trajetória marcada pela importância de sua visão econômica na história econômica e política do país. 

Nascido em maio de 1928 na capital paulista, formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958 com uma tese de doutorado sobre café. Foi na mesma instituição que ele fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).

Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966.

Chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974, teve papel crucial na implementação do “Milagre Econômico” brasileiro durante o regime militar. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), 1968, decreto tido como o mais duro após o golpe militar de 1964.

Além de tudo isso, foi deputado federal e participou ativamente da política econômica brasileira em diferentes momentos.

Delfim Netto também ficou conhecido por suas frases icônicas, algumas delas bem polêmicas. Relembre 10 delas a seguir:

  1. “O Brasil é o país do futuro e sempre será”
  2. “A inflação é o imposto dos pobres”
  3. “A economia brasileira não tem saída a não ser a de continuar crescendo”
  4. “O ajuste fiscal é a única solução para a crise”
  5. “Estamos em um período de estagnação, mas isso não significa que estamos em crise”
  6. “A classe média está passando por uma crise existencial”
  7. “O Brasil precisa de uma política de salários baixos para ser competitivo.”
  8. “A dívida externa é um problema que pode ser resolvido com uma política de austeridade”
  9. “A intervenção estatal é necessária para garantir a estabilidade econômica”
  10. “O papel do governo é orientar o mercado, não controlá-lo”

Vale lembrar que a maneira de fazer política e as declarações do economista muitas vezes geraram debate e controvérsia. Mas, de toda forma, refletiram ( e refletem até hoje, na opinião de alguns) a complexidade dos desafios econômicos enfrentados pelo Brasil durante e após seu tempo no governo.

Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família.

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