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Brasil abre 190,4 mil empregos com carteira assinada em outubro, acima do esperado

Saldo de vagas formais soma 1,78 milhão nos dez primeiros meses do ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), recuo na comparação com 2022

Carteira de trabalho, Caged. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Caged é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregado. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O mercado de trabalho formal brasileiro gerou 190.366 empregos com carteira assinada em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado nesta terça-feira, 28/11.

O resultado ficou acima do esperado pelos analistas – de abertura de 135 mil vagas – e representa um avanço de 18,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertos 160,3 mil empregos com carteira.

Ao todo, segundo os dados do governo federal, foram registradas em outubro 1,94 milhão de contratações; e 1,75 milhão de demissões.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o resultado de outubro representa o melhor desde 2020, quando foram abertos 365.917 postos de trabalho. “Em números absolutos, o Estado de São Paulo teve o melhor resultado no saldo de vagas”.

Acumulado do ano no Caged

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, foram criados 1.784.695 de empregos com carteira assinada no país. Isso representa um recuo de 23,7% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram abertas 2,34 milhões de vagas formais.

Em relação ao saldo total de vagas no país, em outubro o Brasil tinha 44,23 milhões de empregos com carteira. É um aumento na comparação com o mês anterior (44,03 milhões) e com outubro de 2022 (42,77 milhões).

Setor de serviços impulsionou contratações em outubro

Quatro dos cinco setores da economia criaram vagas formais em outubro. O maior crescimento foi nos Serviços, com saldo de 109.939 postos. As principais atividades que puxaram a alta foram Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

Em segundo lugar veio o comércio, com 65.128 empregos, principalmente no comércio varejista de supermercados e artigos de vestuário. Na indústria, o saldo de vagas ficou em 20.954 postos, com destaque para o setor de fabricação de açúcar e móveis.

A Construção Civil teve saldo positivo de 11.480 empregos e a Agropecuária, perdeu 1.656 vagas no mês. “É um saldo pequeno, mas negativo, resultado do fim do cultivo de produtos como o café, alho, batata-inglesa, dentre outros”, explicou o ministro.

Regiões

Todas as regiões brasileiras também tiveram saldo positivo de empregos com carteira assinada em outubro, segundo o Caged.

A maior parte da criação de postos formais de trabalho aconteceu no Sudeste (96.576), seguido por Nordeste (36.647), Sul (37.742), Norte (10.223) e Centro-Oeste (10.013).

Salário médio de admissão em queda

O salário médio de admissão foi de R$ 2.029,33 em outubro, queda real (descontada a inflação) na comparação com setembro ($ 2.034,51). Em relação a outubro do ano passado, houve aumento no salário médio de admissão (R$ 2.012,99). Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.115,81 em outubro, contra R$ R$ 2.134,76 um mês antes.

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