Desemprego fica em 8,5% e atinge 9,1 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em abril
É a menor taxa para os três meses encerrados em abril desde 2015, segundo o IBGE. População ocupada atinge 98 milhões de pessoas. Informalidade recuou no trimestre
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,5% no trimestre encerrado em abril. O resultado veio um pouco acima dos três meses anteriores terminados em janeiro (8,4%). O movimento é classificado como estabilidade pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua nesta quarta-feira, 31/05.
Essa é a menor taxa de desemprego para um trimestre terminado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%. E bem menor que os 10,5% registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a analista da pesquisa, Alessandra Brito, essa estabilidade é diferente do que o IBGE costuma observar nesse período. “O padrão sazonal do trimestre fevereiro-março-abril é de aumento na taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”.
Apesar da estabilidade dos números no trimestre encerrado em abril, na comparação com o anterior, o país ainda tem 9,1 milhões de brasileiros desempregados. Frente a igual período de 2022, há queda de 19,9%, ou seja, 2,3 milhões de pessoas a menos.
EVOLUÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO
População Ocupada
A população ocupada era de 98 milhões, um recuo de 0,6% (605 mil pessoas a menos) entre fevereiro e abril, em relação ao trimestre anterior terminado em janeiro. “Essa redução faz parte da tendência sazonal observada na série histórica. Quando se compara abril com janeiro, essa redução tem ocorrido, exceto pelo período da pandemia”, explica Alessandra.
Essa queda foi puxada por menos pessoas trabalhando em serviços domésticos (-3,3%), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,4%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,4%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2022, houve um aumento de 1,5%, ou seja, 1,5 milhão de pessoas.
Informalidade cai e emprego formal fica estável
A informalidade recuou no trimestre encerrado em abril, puxada pela queda de 2,9% dos empregados sem carteira assinada no setor privado no trimestre anterior (12,7 milhões). Houve também queda de 3,2% no contingente de trabalhadores domésticos (5,7 milhões de pessoas).
Ficaram estáveis os empregos com carteira assinada (36,8 milhões), por conta própria (25,2 milhões) e empregados no setor público (12 milhões).
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Mão de obra desperdiçada recua
A chamada ‘mão de obra desperdiçada’ no trimestre móvel terminado em abril, que são os trabalhadores que trabalham menos horas do que gostariam ou que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar, atingiu 21 milhões de brasileiros.
O número significa um recuo de 2,5% na comparação com os três meses anteriores. São 533 mil desempregados a menos.
Rendimentos
A renda média dos trabalhadores recuou 0,1% no trimestre terminado em abril, ante o anterior e ficou em R$ 2.891 (menos R$ 3). Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, houve alta de 7,5% (R$ 201 a mais).
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