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Dois terços das vendas do Brasil aos EUA seguem sob tarifaço, calcula CNI

Setores como máquinas e equipamentos, móveis e calçados ainda enfrentam tarifas, mas mudanças sinalizam avanço na negociação comercial

Com ISTOÉ Dinheiro

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Com a inclusão de novos produtos brasileiros na lista de isenção da tarifa de 40%, cerca de 37% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, que somam aproximadamente US$ 15,7 bilhões, passam a entrar no mercado americano sem a cobrança adicional, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os cálculos consideram dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.

Apesar desse avanço, Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou que 62,9% das vendas continuam sujeitas a algum tipo de tarifa, sinalizando que setores industriais importantes continuam fora das isenções.

Para Alban, as mudanças impulsionam a competitividade do produto brasileiro e sinalizam disposição dos EUA para aprofundar a negociação, o que pode incluir avanços na pauta industrial.

“Setores muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na lista de exceções. O aumento das isenções é um sinal muito positivo de que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos industriais. Esse é nosso foco agora”, avalia Alban.

Veja como ficam as tarifas sobre as exportações brasileiras aos EUA

  • Isentos de sobretaxa: 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões)
  • Total de exportações sujeitas a algum tipo de tarifa: 62,9%
  • Tarifa recíproca de 10%: 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões)
  • Tarifa adicional de 40%: 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão)
  • Tarifa combinada de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica ao Brasil): 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões)
  • Tarifa setorial de 50% (Seção 232): 11,9% das exportações (US$ 5 bilhões)
  • Isenção da tarifa de 40% condicionada à destinação para a aviação civil, instituída pela Ordem Executiva de julho: 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões)

*Matéria originalmente publicada em IstoÉ Dinheiro, site parceiro de B3 Bora Investir

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