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Bancos: Confira o desempenho das ações em 2024 e perspectivas para o fim do ano

Setor de bancos é conhecido por resiliência e atrai ainda mais a atenção de investidores em temporada de balanços

Com a temporada de balanços começando, os investidores voltam seus olhos para diversos setores. Um dos mais importantes e aguardados é o de bancos, que se destacam por sua resiliência.

Antes mesmo dos resultados do 3º trimestre saírem, alguns bancos já se destacam com o desempenho de suas ações. Um levantamento feito pela Elos Ayta Consultoria trouxe os rendimentos dos bancos que compõem o Ibovespa no ano. Confira!

Desempenho das ações dos bancos em 2024 até aqui

Com o melhor desempenho entre os pares, a ação do Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 11,68% no ano até aqui. Ela vem seguida da Holding Itaúsa, que detém o próprio Itaú além de outras empresas, com alta de 9,83%.

Outro papel de bancos que demonstrou rendimento positivo no período foi o BBAS3, do Banco do Brasil, que teve alta de 1,82%. 

Segundo Mônica Araújo, estrategista de alocação da InvestSmart XP, o setor financeiro tem como característica ser um pouco mais resiliente em comparação a outros setores diante de diferentes fases do ciclo econômico.

“Além disso, falando especificamente de 2024, temos um conjunto de dados macroeconômicos que impulsionaram os bancos mais bem preparados para o período: nível de atividade forte na economia e disposição para aumento de investimentos, inadimplência controlada e incremento de demanda e oferta do crédito”, aponta ela.

Matheus Nascimento, analista da Levante Inside Corp, ainda acredita que o desempenho de Itaú e Banco do Brasil se deve a uma expectativa de resultados melhores nos balanços do 3º trimestre.

Do lado negativo podemos ver as ações de Santander (-5,45%), Bradesco (-5,75% e -7,42%) e BTG Pactual (-10,02%). 

De acordo com Araújo, o Santander e o Bradesco estão passando por um processo de readequação de áreas de negócio e redução de custos, e portanto apresentaram nível mais baixo de rentabilidade no ano passado, comparativamente aos respectivos históricos.

Já em relação ao BTG, a estrategista de alocação da InvestSmart XP afirma que a fraca performance da ação pode estar relacionada à fraqueza dos negócios ligados ao banco de investimento, inerente não ao banco e sim a uma questão do mercado brasileiro.

O que esperar dos balanços dos bancos

Para a temporada de balanços do 3º trimestre de 2024, Mônica Araújo acredita que os resultados continuarão positivos. Ela vê o cenário macro descrito anteriormente beneficiando questões ligadas ao setor financeiro, mais precisamente pelo apetite ao crédito, massa salarial em alta, desemprego em queda e um nível de inadimplência estável. 

“Em termos de perspectiva, acho que o segmento financeiro deve seguir expandindo o lucro líquido. Já em termos de ROE médio desses bancos, deve haver alguma expansão”, afirma o analista da Levante Inside Corp.

Datas de divulgação de resultados dos bancos:

  • Santander (SANB11): 29/10, antes da abertura de mercado
  • Bradesco (BBDC4): 31/10, antes da abertura de mercado
  • Itaú Unibanco (ITUB4): 04/11, após o fechamento de mercado
  • BTG Pactual (BPAC11): 12/11, antes da abertura de mercado
  • Banco do Brasil (BBAS3): 13/11, após o fechamento de mercado

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Perspectiva para o final do ano

Para Nascimento, para o final do ano, há alguns pontos de atenção, principalmente no cenário macroeconômico, com a elevação da taxa Selic. “Dada a sensibilidade do segmento a altas de juros, especialmente Santander e Bradesco, a gente entende que pode haver algum impacto, especialmente nas carteiras do segmento de pessoa jurídica”, diz.

Mônica Araújo, da InvestSmart XP, ainda ressalta que uma questão que sempre traz dúvida no setor financeiro é sobre a trajetória de inadimplência na carteira de crédito. “Mesmo com o início de um novo ciclo de alta da Selic, acreditamos que ainda não deve ser percebida uma deterioração da inadimplência, mas talvez o nível de crescimento da carteira de crédito tenha alguma desaceleração”, destaca.

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