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Fed mantém juros nos Estados Unidos na faixa entre 4,25% a 4,50% a.a.

Mercado acompanha a coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, em busca de sinais sobre próximos passos da política monetária americana

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve manteve os juros nos Estados Unidos no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado.

Como e por que a taxa de juros dos EUA afeta os investimentos no mundo todo?

“No comunicado, o comitê reconhece que o mercado de trabalho se encontra estável, com condições sólidas e taxa de desemprego baixa, enquanto a inflação permanece acima da meta. No entanto, o aumento na incerteza do cenário econômico fez com que, na visão do Fed, os riscos de maior inflação e maior desemprego aumentassem”, destacou o economista sênior do Inter, André Valério. “Ou seja, o Fed vê as tarifas com potencial de causar estagflação na economia americana.

A decisão teve pouco impacto nos preços de ativos, ressaltou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori. “[O mercado] agora foca nas sinalizações do presidente do banco central, Jerome Powell, para os próximos passos da política monetária, dadas as circunstâncias desafiadoras relacionadas às políticas econômicas recentes”.

Na avaliação de Igliori, BC americano tem um cenário difícil à sua frente. “A inflação causada por tarifas é diferente de um aumento de preços por excesso de demanda. Subir juros desestimula o consumo e a tomada de crédito, mas não ajuda a baixar os aumentos nos preços causados por tarifas. Ao mesmo tempo, baixar os juros para evitar uma desaceleração econômica pode reforçar a inflação pelo lado da demanda”, disse.

André Valério complementa: “o Fed indica que só irá retomar o ciclo de cortes quando houver sinais relevantes de que o mercado de trabalho esteja entrando em recessão. No momento, vemos como provável a retomada do ciclo de corte de juros a partir da reunião de setembro”. Por outro lado, segundo ele, um possível acordo entre EUA e China sobre as tarifas poderia reduzir as incertezas, e permitir a redução dos juros antes de setembro.

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