Focus: mercado avalia que ciclo de alta da Selic encerrou; veja projeções atualizadas
Até a semana anterior, o Focus apontava expectativa de elevação dos juros para 15% em junho
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Os analistas do mercado financeiro passaram a enxergar que o ciclo de alta da taxa básica de juros se encerrou neste mês, quando o Copom elevou a Selic para o atual patamar de 14,75%, segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 12.
Até a semana anterior, o Focus apontava expectativa de elevação dos juros para 15% em junho. Agora, a previsão do mercado é de manutenção do patamar de 14,75% durante o restante do ano, com a Selic terminando 2025 nos atuais 14,75%.
Já para o final de 2026 foi mantida a projeção de que a Selic atinja 12,50%, no que foi a 15ª semana consecutiva de manutenção desse patamar.
No boletim Focus da semana passada, o Copom deixou em aberto os próximos passos da politica monetária e para a sua próxima reunião, dos dias 17 e 18 de junho.
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, afirmou o comitê.
A ata da reunião será divulgada nesta terça-feira, 13.
Veja abaixo as projeções atualizadas do mercado para Selic, IPCA, PIB e dólar:
IPCA no Focus
O projeção para o IPCA de 2025 passou de 5,53% para 5,51%, a quarta baixa seguida. Já a previsão para 2026 caiu de 4,51% para 4,50%, colada ao teto da meta.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
PIB e dólar no Focus
Permaneceu em 2% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Para 2026, a expectativa de crescimento ficou estável em 1,70%.
Já para o preço do dólar, a projeção do boletim Focus caiu de R$ 5,86 para R$ 5,85 ao final de 2025, e de R$ 5,91 para R$ 5,90 para o fim de 2026.
A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 8,5% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
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