Françoise Bettencourt: a história da bilionária mais rica do mundo
Patrimônio dela e da família é avaliado em US$ 87,1 bilhões (R$ 491,8 bi) e ela desponta em 16º no ranking de bilionários da Forbes
Uma fortuna de bilhões, escândalos, processos e discrição. Assim pode ser resumida a biografia da mulher mais rica do mundo, a empresária francesa Françoise Bettencourt Meyers, de 71 anos. Antes de herdar a fortuna, ela se envolveu em um embate jurídico com a própria mãe, Liliane Bettencourt, e o escândalo que veio à tona se tornou tema de documentário e livro. Atualmente, o patrimônio de Françoise e família é avaliado em US$ 87,1 bilhões (R$ 491,8 bi) e ela desponta em 16º no ranking de bilionários da Forbes.
A bilionária é neta do fundador da gigante francesa de cosméticos L’Oreal e agora ocupa o cargo de vice-presidente do conselho da empresa, além de ser a atual e única herdeira do grupo desde 2017, após a morte da mãe, aos 94 anos. Na cotação da última terça-feira (6), a empresa está avaliada em € 210,89 bilhões e opera no mercado de capitais com ações negociadas em € 385,25.
A herança para Meyers, no entanto, foi colocada em dúvida, o que motivou o início de uma longa disputa na Justiça que, mais tarde, veio à público. É o que mostra o documentário “A bilionária, o mordomo e o namorado”, dividido em três episódios em que aborda todo o escândalo da família no período.
Herança bilionária em xeque
O desenrolar dessa história também se tornou um livro, intitulado “O Caso Bettencourt, a mulher mais rica do mundo e o escândalo que abalou Paris”, por Tom Sancton. A resenha no New York Times mostra que a intriga em torno da herança começou a partir do momento em que a mãe de Meyers se apaixonou pelo fotógrafo François-Marie Banier e quis torná-lo herdeiro de parte da fortuna da família. “Banier era um encantador bonito e habilidoso com pessoas mais velhas, desde que era o queridinho adolescente de Salvador Dalí”, descreve Janet Maslin, na resenha.
Em um processo de 2007, Banier chegou a ser acusado de ter cometido “abuso de fraqueza” porque ele era 25 anos mais novo que a mãe de Meyers. Na época, ela teve a saúde questionada após passar por um exame psicológico que não trouxe bons resultados, o que aumentou as suspeitas de manipulação e fraude sobre passar a herança ao então namorado. Ele chegou a ser preso, mas foi solto pouco depois.
Um dos vários advogados contou ao autor do livro que o ódio entre mãe e filha veio à tona a partir dessa disputa. “A mãe massacrou a filha, então a filha massacrou a mãe”.
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Livros e vida discreta
O embate somente teve fim quando a mãe de Meyers se rendeu e aceitou um “mandato de proteção futura”, uma espécie de tutela que a impedia de acessar seus bens e dinheiro como quisesse no futuro, de acordo com o Le Monde, que teve acesso ao documento. Em 2010, a guerra travada pelas duas durante três anos se encerrou com esse protocolo elaborado em segredo e longe dos holofotes da mídia. Contudo, Liliane ainda deixou uma boa quantia para o então namorado Banier, que era o que ela queria.
Segundo a Forbes, os dois filhos de Meyers, Jean-Victor Meyers e Nicolas Meyers, agora fazem parte do conselho da empresa da família. Enquanto a própria Meyers prefere levar uma vida discreta como escritora de livros sobre deuses gregos e outros com comentários acerca da Bíblia.
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