Comércio cai 0,3% em julho e registra quarto resultado negativo seguido
Na comparação com julho do ano passado, entretanto, as vendas cresceram 1%

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O volume de vendas do comércio brasileiro caiu 0,3% em julho, frente a junho, amargando o quarto resultado negativo seguido. Na comparação com julho do ano passado, entretanto, as vendas cresceram 1%, a quarta alta consecutiva. No ano, o varejo ainda acumula crescimento de 1,7%. Em 12 meses, o avanço é de 2,5%.
O resultado veio em linha com o esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de baixa de 0,30% na comparação mensal e de avanço de 0,80% sobre um ano antes.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 1,3% em julho na comparação com junho. Frente a julho de 2024, houve queda de 2,5%. No ano, o varejo ampliado acumula -0,2%. O acumulado em 12 meses foi de 1,1%.
A perda de fôlego do comércio brasileiro ocorre em meio a desaceleração da economia. Dados do IBGE na semana passada mostraram que a produção industrial do país também encolheu em julho, em 0,2%, marcando o quarto mês seguido sem crescimento.
A expectativa atual do mercado para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) está em 2,16% em 2025 e em 1,85% em 2026, segundo o último Boletim Focus.
O que puxou a queda no comércio em julho
Das oito atividades do comércio varejista investigadas pelo IBGE, metade teve queda nas vendas, liderada por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,1%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,9%). As maiores altas foram registradas em móveis e eletrodomésticos (1,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%).
Apesar da diminuição da pressão inflacionária com a queda nos preços de alimentos em julho, as vendas de hiper e supermercados seguiram sem crescer pelo quarto mês consecutivo. “Já o setor de equipamentos eletrônicos, informática e comunicação apresentou a maior retração na passagem de junho para julho, com dois meses seguidos de queda. Antes disso, o comportamento era de alta volatilidade, com alternância entre crescimento e recuo mês a mês, reflexo das estratégias empresariais diante das variações abruptas do dólar”, destacou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
No comércio varejista ampliado, veículos e motos, partes e peças teve alta de 1,8% enquanto material de construção variou 0,4%.
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