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Ibovespa B3 supera os 161 mil pontos: o que explica o recorde e até onde vai?

Principal índice de ações do Brasil bateu mais um recorde nesta terça-feira (2)

Com ISTOÉ Dinheiro

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O principal índice acionário do Brasil, o Ibovespa B3, vem batendo recorde atrás de recorde em 2025. Depois de romper as barreiras dos 140 mil e dos 150 mil pontos, o índice superou os 161 mil pela primeira vez em sua história no pregão desta terça-feira, 2. 

Especialistas ouvidos pela IstoÉ Dinheiro não identificam nada de novo no movimento do índice desde novembro, quando ele superou os 150 mil pontos. A expectativa de queda da taxa Selic, a partir do começo de 2026, e o corte de juros nos Estados Unidos, podem ajudar o bom momento da bolsa durar, ao menos, até o meio do ano que vem. 

“Esse movimento pode se estender até o primeiro semestre do ano que vem, sobretudo se o ciclo de cortes de juros no Brasil for mais profundo do que o atualmente precificado pelo mercado”, acredita Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. 

“Para o investidor e para a economia, (o Ibovespa) ultrapassar os 160 mil pontos é mais do que simbólico. Do ponto de vista de mercado, sinaliza que o risco-país está sendo recompensado e que há apetite por ativos brasileiros”, apontou Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos. 

Outro fator que pode pesar a favor da bolsa brasileira é a decisão do Federal Reserve (FED) norte-americano. Caso a expectativa do mercado de um corte de 0,25% se concretize, os especialistas acreditam que pode haver uma migração de capital para os países emergentes, como o Brasil.

A expectativa do mercado é que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, caia para 12% no decorrer de 2026.

Até onde a máxima do Ibovespa B3 pode chegar? 

As altas do Ibovespa B3 devem seguir até a virada do ano, por conta do chamado rally de final de ano, que envolve mudança de posição e posicionamento de carteira para o ano seguinte. Por conta dessas movimentações, Felipe Sant’Anna, especialista em investimentos do grupo Axia Investing, acredita que o mercado pode puxar o índice até os 170 mil pontos até o final de 2025. 

“A gente tem muito espaço para avançar ainda. Um exemplo é que a bolsa chilena subiu 53% esse ano, contra 30% do Ibovespa”, afirmou Matheus Amaral, especialista em Renda Variável do Inter. 

Amaral também reforça que a bolsa brasileira é “descontada” na comparação com os demais países emergentes, ou seja, ela é mais barata e entrega uma taxa maior de lucro, entre 9,5 e 10 vezes. 

Eleições

Os recordes desta terça-feira aconteceram também em um dia em que a pesquisa Pulse Atlas & Bloomberg apontou para um maior equilíbrio nas eleições presidenciais de 2026, com a rejeição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva superando novamente a aprovação (50,7% x 48,6%).

“A partir do segundo semestre, o cenário eleitoral deve ganhar protagonismo e tende a se tornar o principal driver de preço para os ativos de risco locais, especialmente o Ibovespa. Devemos esperar mais volatilidade e um direcional de preços menos claro à medida que o cenário eleitoral se intensifique”, encerrou Shahini.

*Matéria originalmente publicada em IstoÉ Dinheiro, portal parceiro de Bora Investir

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