Ibovespa fecha em forte queda com receios sobre a equipe econômica
Bolsa do Brasil (B3) fechou em baixa de 2,02% aos 105.343 pontos. Com isso, o índice devolve quase todos os ganhos do ano e passa a subir 0,50%
Os rumores no mercado de que o ex-ministro e coordenador da campanha presidencial de Lula, Aloizio Mercadante possa assumir a presidência da Petrobras ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) puxou a Bolsa do Brasil (B3) para o negativo nesta segunda-feira, 12/12. O relatório da consultoria Eurásia de que o presidente eleito deve derrubar a legislação das empresas estatais por meio de medida provisória – para evitar problemas com suas nomeações – também levou o mercado ladeira a baixo.
No mercado internacional, o dia já apontava para o negativo diante da queda nas cotações do petróleo e do minério – em meio a temores de alta nos casos de Covid-19 na China. A semana também será marcada pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e de outros grandes bancos centrais – como o Europeu e o Banco da Inglaterra.
O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 2,02% aos 105.343 pontos. Com isso, o índice devolve quase todos os ganhos do ano e passa a subir 0,50%. Na mínima do dia atingiu 103.871 pontos. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em queda de 3,40%; enquanto as ordinárias da Vale (VALE3) perderam 3,04%.
No câmbio, o dólar comercial fechou em forte alta de 1,28%, cotado a R$ 5,31. O índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, encerrou com valorização de 0,29%.
Juros futuros
As taxas de juros futuros também encerram com valorização neste início de semana. Os ruídos sobre a formação da equipe econômica do novo governo voltaram a pressionar os ativos.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em alta 13,41%, ante 13,08%. Já o DI para janeiro de 2027 tinha alta para 13,11% ante os 12,86% da leitura anterior.