135,7 mil pontos: Ibovespa sobe 1,36% e fecha no maior patamar nominal da história
Já o dólar teve queda de 1,02%, cotado a R$ 5,41
O Ibovespa encostou nos 136 mil pontos nesta segunda-feira (19/08), apoiado por ações da Vale e do setor bancário. Com isso, o índice atinge seu maior patamar nominal na história em um fechamento: 135.778 pontos, após alta de 1,36%. Já o dólar teve queda de 1,02%, cotado a R$ 5,41.
Anteriormente, ainda pela manhã, o índice havia renovado sua máxima intradiária, após bater 136.179 pontos.
“Uma possibilidade de queda de juros americanos, combinada com uma chance de aumento da taxa Selic, faz com que o chamado carry trade fique atrativo (a favor do Brasil), impulsionando a bolsa de valores”, diz Leandro Ormond, analista da Aware Investments.
O analista menciona o mecanismo utilizado por grandes investidores de tomar empréstimo em lugar com taxas mais baixas e investir em outro local.
Além disso, investidores repercutem as declarações do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e a queda na mediana das projeções do IPCA 2025, apontada no Boletim Focus.
Maior valor do Ibovespa
Os papéis ordinários da Vale (VALE3), companhia de maior peso no índice, avançam perto de 2%, em meio à alta do preço do minério de ferro em Dalian.
O setor bancário também registra alta firme, com o Bradesco (BBDC4) batendo perto de 5% de valorização após Goldman Sachs elevar a recomendação para compra do papel, devido à recuperação cíclica e aos primeiros sinais de melhora estrutural da companhia.
Efeito Galípolo
Hoje, Gabriel Galípolo, cotado para assumir o comando do BC, seguiu em um tom conservador, o que ajuda na percepção de que a autarquia não será leniente com a inflação mais alta no futuro.
Segundo um operador, “depois da alta recente do mercado, agora as ações que ficaram para trás estão sendo mais acompanhadas”.
Dólar
O dólar comercial exibiu depreciação forte nesta segunda-feira, em um dia em que a moeda americana seguiu fraca globalmente. Operadores mencionaram tanto o cenário externo quanto o interno como motivos para essa melhora do câmbio local.
Lá fora, em semana de evento com o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, houve relatos de desmontes de posições na moeda americana, como sinal de um temor de que o BC dos EUA possa dar indicações mais suaves sobre sua política monetária.
Por aqui, além de um menor prêmio de risco em relação ao Banco Central, houve relatos de fluxo de entrada de dólares no país.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em queda de 1,03%, cotado a R$ 5,4114, depois e ter encostado na mínima de R$ 5,3769 e batido na máxima de R$ 5,4720.
Já o euro, por sua vez, recuou 0,51%, a R$ 5,9972. A moeda brasileira esteve entre as cinco divisas mais fortes frente ao dólar nesta segunda-feira, de uma relação de 33 moedas. No exterior, o índice DXY caía 0,56%, a 101,887 pontos, perto das 17h05.
*Com informações do Valor Econômico
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