Mercado

Após reunião de Lula sobre câmbio, dólar cai 1,71% e fecha em R$ 5,56; Ibovespa sobe de maneira expressiva e fecha em alta de 0,70%

O índice completou três sessões consecutivas de altas, com o recuo do dólar e dos juros futuros, em dia de queda das taxas nos Estados Unidos e enquanto o cenário politico e fiscal em Brasília segue em evidência

Painel da B3 mostra cotações das ações e gráfico da tendência do dia.
Ibovespa fecha em alta de 0,70% nesta quarta-feira (3). Foto: Divulgação B3.

O Ibovespa fechou em alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos nesta quarta-feira (03/07). Já o dólar apresentou queda de 1,70%, cotado a R$ 5,56 após dias seguidos de alta recorde que não era visto desde janeiro de 2022. O índice completou três sessões consecutivas de altas, com o recuo do dólar e dos juros futuros, em dia de queda das taxas nos Estados Unidos e enquanto o cenário politico e fiscal em Brasília segue em evidência.

Ibovespa

Nas mínimas intradiárias, tocou os 124.787 pontos e, nas máximas, os 125.581 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,77 bilhões no Ibovespa e R$ 21,42 bilhões.

Dólar

O dólar comercial registrou a sua menor cotação de fechamento desde a última quinta-feira (27) após encerrar a sessão em forte queda.

A moeda americana sofreu com uma correção global que favoreceu moedas de países emergentes, movimento que se estendeu após indicadores econômicos sinalizarem um enfraquecimento do mercado de trabalho e do setor de serviços dos Estados Unidos.

A depreciação do dólar ganhou ainda mais força após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizarem em direção à contenção das despesas do governo.

As declarações vieram horas antes da reunião entre Lula e a equipe econômica que tratará de propostas para o contingenciamento dos gastos.

dólar à vista fechou a sessão em queda de 1,71%, a R$ 5,5683, após tocar mínima de R$ 5,5404 e máxima de R$ 5,6674.

Já o euro comercial recuou 1,36%, a R$ 6,0050, depois de operar brevemente abaixo da cotação de R$ 6.

Em outros mercados emergentes, por volta de 17h15, o dólar registrava depreciação de 1,03%, a 18,410 rands sul-africanos; de 0,48%, a 18,177 pesos mexicanos; e de 0,58%, a 941,27 pesos chilenos.

Bolsas de Nova York

Em dia de sessão reduzida por conta do feriado de 4 de julho, as principais bolsas de Nova York encerraram a sessão em alta, renovando recordes históricos, após a publicação de dados da economia americana que elevaram as expectativas de que o banco central americano (Federal Reserve, o Fed) corte seus juros.

No fechamento, o índice S&P 500 avançou 0,51% a 5.537,01 pontos e o Nasdaq ganhou 0,88% a 18.188,30 pontos – ambos em nível recorde. As ações da Tesla e da Nvidia foram destaque, subindo 6,5% e 4,5%, respectivamente. O Dow Jones ficou próximo da estabilidade, recuando 0,06% a 39.308,00 pontos.

Mais cedo, dados mostraram que o setor privado dos EUA abriu 150 mil postos de trabalho em junho, segundo pesquisa divulgada pela Automatic Data Processing (ADP). O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, de 160 mil novos empregos.

Em seguida, saíram os pedidos de seguro-desemprego, que ficaram em 238 mil na semana passada, acima dos 233 mil previstos. O foco agora fica no relatório oficial de empregos dos EUA, o payroll, que sai sexta-feira.

Outro indicador foi o índice de gerente de compras (PMI) composto da S&P Global, que subiu para 54,8 em junho, acima dos 54,5 de maio. Já o PMI de serviços do ISM ficou em 48,8 em junho, abaixo dos 53,8 registrado em maio.

Por sua vez, o relatório da balança comercial dos EUA, que mostrou que o déficit comercial de bens e serviços em maio foi de US$ 75,1 bilhões, número melhor que o esperado, de US$ 76,3 bilhões.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a quarta-feira (3) em alta, enquanto os investidores avaliam o cenário para o segundo turno das eleições legislativas da França, que acontece domingo (7), assim como também aguardam o pleito do Reino Unido, que acontece amanhã. Ao mesmo tempo, o mercado também é beneficiado pelas perspectivas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed).

O índice Stoxx 600 subiu 0,81%, a 515,03 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,16%, a 18.374,53 pontos, o CAC 40, de Paris, escalou 1,24%, para 7.632,08 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou ganho de 0,61%, para 8.171,12 pontos.

Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, fez comentários durante o Fórum de Sintra, em Portugal, que animaram os investidores, sinalizando progresso no combate à inflação. “As ações foram, em grande parte, impulsionadas para cima pela esperança de que os cortes nas taxas de juros estejam no horizonte e que uma aterrissagem suave esteja à vista, graças aos comentários encorajadores do presidente do Federal Reserve”, disse Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, em nota.

A agenda macroeconômica da região teve como destaque os dados do índice de gerentes de compras (PMI), que mostraram queda em junho na Alemanha, no Reino Unido e na zona do euro.

Entre as ações, destaque para os papéis da Maersk, que subiram quase 4%, após a companhia desistir das negociações de venda da DB Schenker.

*Com informações do Valor Econômico

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