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Com commodities em baixa, Ibovespa fecha em queda de 0,25%; dólar sobe a R$ 4,98

Bolsa de valores hoje: confira o desempenho do Ibovespa, do dólar e das principais ações da bolsa nesta quinta-feira (14)

Painel B3.
Painel da B3: apresentação das novas regras fiscais vão influenciar comportamento do Ibovespa

A bolsa de valores hoje fechou em queda depois de oscilar entre os campos positivo e negativo em boa parte da sessão com as empresas ligadas ao preço do minério de ferro e do petróleo em queda. Além disso, preços ao produtor nos EUA ajudam a derrubar a bolsa, enquanto vendas no varejo aqui foram alento. Assim, nesta quinta-feira (14), o Ibovespa fechou em queda de 0,25%, a 127.689,97 pontos, na contramão da sessão anterior.

Simultaneamente, o índice de materiais básicos da bolsa, que contempla os setores mencionados, caiu 1,27%, com a pior queda setorial. Nesse sentido, as ações de mineradoras, siderúrgicas e petroleiras desceram em bloco.

  • Petrobras (PETR4) -0,44%
  • Petrobras (PETR3) -0,68%
  • Prio (PRIO3) -0,65%
  • 3R (RRRP3) -1,15%
  • Petroreconcavo (RECV3) -2,49%
  • Vale (VALE3) -1,29%
  • Gerdau (GGBR4) -3,02%
  • Metalúrgica Gerdau (GOAU4) -2,19%
  • Usiminas (USIM5) -2,08%
  • CSN (CSNA3) -3,87%
  • CSN Mineração -2,58%

As cotações são das 17h07, mas podem ter atualizações.

Dólar hoje

Por outro lado, a moeda norte-americana emplacou alta. No horário mencionado, o dólar avançou 0,22%, cotado a R$ 4,9870, depois de bater R$ 4,99 na máxima.

Da mesma maneira, no cenário internacional, o desempenho é positivo. A DXY avançava 0,53%, a 103,33 pontos.

Ações em alta

Confira os papéis da bolsa que tiveram as maiores altas do pregão.

  • Gafisa (GFSA3) +10,58%
  • Embraer (EMBR3) +10,21%
  • Jalles Machado (JALL3) +7,28%
  • Infracommerce (IFCM3) +6,42%
  • Portobello (PTBL3) +6,29%

Ações em baixa

Veja também os papéis que mais desceram no dia.

  • Oi (OIBR3) -6,17%
  • Tenda (TEND3) -4,99%
  • Recrusul (RCSL4) -4,44%
  • HBR (HBRE3) -4,27%
  • Cemig (CMIG4) -4,15%

Os rankings contemplam ações que tiveram volume acima de R$ 1 milhão no dia, que integram ou não no Ibovespa ou outros índices. As cotações são das 17h07, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira após dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos. Os índices do mercado acionário chegaram a mostrar inicialmente resistência ao indicador, que mostrou que a inflação aos produtores norte-americanos subiu bem acima do esperado, mas a aversão ao risco acabou prevalecendo, o que elevou os retornos dos títulos da dívida dos EUA.

Os sinais de persistência das pressões de preços reforçaram, na visão de analistas, a narrativa do Federal Reserve  (Fed, o banco central norte-americano) de agir com cautela em relação ao início do ciclo de alívio da taxas de juros. A Nvidia e Tesla esticaram queda na sessão desta quinta, mas outras ações do bloco das “7 Magníficas” subiram.

O índice Dow Jones  encerrou a sessão em baixa de 0,35%, a 38.905,66 pontos; o S&P 500 caiu 0,29%, aos 5.150,48 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,30%, aos 16.128,53 pontos.

Europa

As bolsas europeias reverteram alta inicial e fecharam, majoritariamente, em queda nesta quinta-feira após os dados acima do esperado de inflação nos Estados Unidos. O indicador serviu de gatilho para avanço das taxas projetadas nos títulos do Tesouro americano, o que puxou também os retornos dos papéis da dívida soberana na Europa.

Ainda assim, o CAC 40, de Paris, atingiu recorde histórico de fechamento, ao subir 0,29%, aos 8.161,42 pontos, após tocar a máxima de 8.218,07 pontos.

Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou em baixa de 0,37%, aos 7.743,15 pontos. O DAX, de Frankfurt, perdeu força após tocar máxima intradiária inédita de 18.039,05 pontos mais cedo. O principal índice da bolsa alemã cedeu 0,11%, aos 17.942,04 pontos no encerramento da sessão.

Em Madri, o Ibex-35 perdeu 0,66%, aos 10.490,50 pontos, após ter na quarta-feira o maior ganho em quatro meses e fechar nos maiores níveis desde 2018, segundo El Confidencial. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,29%, aos 33.786,18 pontos. O PSI 20, referencial da Bolsa de Lisboa, teve variação negativa de 0,90%, encerrando o dia em 6.055,53 pontos.

Vendas no varejo tentam impulsionar bolsa de valores hoje

O volume de vendas do varejo restrito avançou 2,5% em janeiro, proporcional a uma alta de 4,1% ante o mesmo mês em 2022, acima das estimativas.

Com relação ao varejo ampliado, que subiu 2,4%, subindo 6,8% ano contra ano. Veículos, motos, partes e peças recuperaram parte da perda expressiva observada no último mês e avançaram 2,5%. Já a abertura de materiais de construção começou o ano no campo negativo, recuando 0,4%.

“Olhando à frente, para 2024, nossa perspectiva é que um mercado de trabalho aquecido, a regra de valorização do salário mínimo e a inflação comportada devam contrabalançar um juro real ainda elevado. Projetamos uma alta de 0,6% para o varejo ampliado neste ano”, diz Igor Cadilhac, economista do PicPay.

Inflação ao produtor sobe nos EUA, acima da expectativa

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,6% em fevereiro ante janeiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço de 0,3% do PPI no mês passado.

O núcleo do PPI que exclui alimentos e energia aumentou 0,3% na comparação mensal de fevereiro, vindo igualmente acima do consenso da FactSet, de ganho de 0,2%.

No confronto anual, o PPI teve alta de 1,6% em fevereiro, acelerando em relação ao acréscimo de 1% observado em janeiro, conforme dados revisados.

Já o núcleo do PPI que desconsidera alimentos e energia registrou avanço anual de 2,0% em fevereiro, repetindo resultado do mês anterior. Neste caso, as projeções da FactSet eram de incrementos anuais de 1,1% do PPI cheio e de 1,9% do núcleo.

Além disso, outros dados reforçam que a inflação nos EUA está longe de dar trégua, o que levanta dúvidas sobre a realização da expectativa de queda de juros em junho, como o projetado pela maior parte do mercado até então.