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Crise de Energia na Europa é sinal de recessão mundial?

Investidores de renda fixa e variável no Brasil devem trocar medo por informação de qualidade diante do noticiário europeu

Visão de estruturas metálicas para transporte de gás da Rússia para a Europa
Apesar de se arrastar a um ano, a guerra russo-ucraniana não parece ter resolução à vista. Foto: AnneGret Hilse

A energia – no caso, a escassez dela – se tornou um problemão para a Europa. Como os países do continente dependem muito do fornecimento do gás vindo da Rússia, o fato de o país estar em guerra com a Ucrânia vem afetando o abastecimento na região, desde fevereiro, início do conflito.

O clima azedou de vez no início desta semana, quando os russos anunciaram que só voltarão a vender mais gás para os europeus, por meio do gasoduto Nort Stream 1, quando as penalidades aplicadas à Rússia pela invasão da Ucrânia forem revistas.

A questão envolve decisões políticas sensíveis, de um lado e de outro, o que torna o desfecho desta novela imprevisível. Também não se sabe quanto tempo o impasse irá durar. 

No campo da economia, especialistas já começam a se perguntar: essa fonte de energia é a única possível para os europeus? Há um risco de apagão no continente? E como os mercados de outras partes do mundo, entre elas o Brasil, vão ser afetados com isso?

As repostas começam pelo raciocínio: menos energia significa preços mais altos e inflação, justamente num momento em que a Europa convive novamente com esse fantasma depois de tanto tempo.

Os preços da energia, em alguns casos e países, chegaram a subir mais de 400% em um ano.