Mercado

Dia ruim das bolsas de NY apaga ganhos do Ibovespa, que sobe 0,17%; dólar tem alta de 0,55%

Índice ficou nos 132 mil pontos; a moeda americana subiu 0,55%, cotado a R$ 5,48

O Ibovespa fechou a sessão em leve alta de 0,17%, aos 132.017,84 pontos nesta segunda-feira (7). Já o dólar subiu 0,55%, cotado a R$ 5,48. O índice brasileiro acompanhou a piora nas bolsas de Nova York.

Além da maior aversão a risco, diante das tensões no Oriente Médio, o mercado também reagiu a comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Mineápolis, Neel Kashkari, interpretados como mais conservadores.

Ibovespa

Na mínima intradiária, o índice chegou a 131.676 pontos, enquanto na máxima tocou os 132.943 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 13,4 bilhões no Ibovespa e de R$ 17,7 bilhões na B3.

Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,94%; o S&P 500 recuou 0,96% e o Nasdaq perdeu 1,18%.

A alta das ações da Petrobras e da Vale deu suporte ao índice, que enfrentou fortes oscilações ao longo do pregão.

O papel ordinário da petroleira fechou em alta de 1,69%, enquanto o da mineradora subiu 0,88%.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão exibindo apreciação frente à moeda brasileira.

Operadores mencionaram algum ajuste nos mercados emergentes (em especial na América Latina), uma vez que as moedas desses países foram menos afetadas com os dados fortes dos Estados Unidos na sexta-feira.

As tensões no Oriente Médio também teriam afastado o investidor global de ativos de maior risco, buscando refúgio em ativos mais seguros (daí a força do iene japonês e do franco suíço hoje).

Além disso, comentários mais “hawkish” de dirigentes do Federal Reserve (Fed) teriam reforçado a cautela.

Terminadas as negociações, o dólar comercial exibiu valorização de 0,55%, cotado a R$ 5,4853, depois de ter batido na mínima de R$ 5,4210 e de ter encostado na máxima de R$ 5,4928.

Já o euro comercial avançou 0,52%, a R$ 6,0189.

O índice DXY, por sua vez, operava em leve queda perto das 17h05, recuando 0,3%, aos 102,488 pontos.

Bolsas de Nova York

As principais bolsas de Nova York encerraram o dia em queda firme, em meio ao avanço dos rendimentos dos Treasuries nesta tarde.

Os agentes adotam uma postura mais cautelosa antes da publicação de dados de inflação e balanços de bancos programados para esta semana.

O índice Dow Jones teve queda de 0,94%, a 41.954,24 pontos; o S&P 500 caiu 0,96%, a 5.695,94 pontos; e o Nasdaq recuou 1,18%, a 17.923,90 pontos.

No fim do dia, o retorno da taxa da T-note de dois anos subia de 3,928%, no fechamento anterior, para 3,999%; e a da T-note de 10 anos avançava de 3,962% para 4,025%.

Bolsas da Europa

As principais bolsas da Europa encerraram o dia em leve alta, enquanto os investidores avaliavam dados econômicos da região e lançamentos importantes dos Estados Unidos.

O índice Stoxx 600 subiu 0,18%, a 519,48 pontos. O setor de bens domésticos liderou os ganhos, subindo 0,97%, enquanto o setor de tecnologia esteve na ponta oposta, caindo 0,65%.

O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,46%, para 7.576,02 pontos.

O DAX de Frankfurt, por sua vez, recuou 0,09% a 19.104,10 pontos.

O FTSE, de Londres, fechou em alta de 0,28%, a 8.303,62 pontos.

O destaque na agenda europeia hoje foram os dados de vendas no varejo da zona do euro, que subiram 0,2% em agosto na base mensal, após ficarem estáveis em julho, segundo a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.

Apesar do ganho, o valor ainda foi abaixo do nível de maio.

Ao mesmo tempo, os agentes miram suas atenções para dados da economia americana.

“Dados econômicos recentes dos EUA, melhores do que o esperado, sugerem que a economia ganhou força no final do terceiro trimestre e está em uma posição forte rumo aos últimos meses do ano, enquanto o estímulo chinês também melhorou o quadro econômico global”, escreve a diretora de pesquisa da XTB, Kathleen Brooks.

Nesse sentido, a “perspectiva mais forte para as economias dos EUA e da China é positiva para as ações no início de uma nova semana”, diz ela.

Agora, os agentes aguardam os dados de inflação dos EUA, que serão divulgados entre quinta e sexta-feira.

*Com informações do Valor Econômico

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