Mercado

Em alta de 0,59%, Ibovespa bate novo recorde intradiário e de fechamento, acompanhando NY

Ibovespa tem maiores patamares intradiário e de fim de sessão renovados na sessão desta terça (19); dólar sobe

A bolsa de valores hoje (19) fechou em alta, registrando novo recorde intradiário e de fechamento. O Ibovespa foi impulsionado pela elevação no rating da S&P para o Brasil, para BB com perspectiva estável. Simultaneamente, o dólar fechou em alta depois de passar a maior parte do pregão no campo negativo.

Assim, o índice fechou com valorização de 0,59%, a 131.850,90 pontos, superando o recorde anterior, registrado na segunda (18). Na máxima, o índice chegou a 132.046,93, também o maior patamar dentro das operações em um dia da história da bolsa.

A segunda-feira já tinha sido dia de recorde, com o Ibovespa alcançando seu maior patamar da história até então, tanto no fechamento (131.083,82) quanto no intraday (131.447,26).

Dólar hoje

Simultaneamente, o dólar subiu em relação ao real. Alta de 0,83%, cotado a R$ 4,8639.

Por outro lado, no cenário internacional, a moeda norte americana também descia. O DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas importantes, caiu 0,38%, a 102,16 pontos.

Ações em alta

Entre as ações com as maiores altas na bolsa de valores hoje, destaque para a Recrusul, do setor de implementos rodoviários. Além disso, Gafisa é destaque. A Braskem também volta a ocupar a lista de melhores ações do dia, mostrando vigor na sua recuperação depois do agravamento do problema ambiental em Maceió em uma de suas minas.

Veja as cinco ações que mais subiram.

  • Recrusul (RCSL3) +10,68%
  • Gafisa (GFSA3) +9,46%
  • Braskem (BRKM5) +7,15%
  • BMG (BMGB4) +6,36%
  • CTEEP (TRPL4) +5,25%

Ações em baixa

Por outro lado, entre as companhias que mais perderam valor na bolsa de valores hoje, destaque para a empresa de tecelagem Teka. Veja a lista das ações em baixa.

  • Teka (TEKA4) -9,60%
  • PDG (PDGR3) -6,52%
  • Americanas (AMER3) -5,26%
  • C&A (CEAB3) -4,06%
  • Viveo (VVEO3) -4,54%

Os rankings contemplam ações, que integram ou não ao Ibovespa e outros índices, com volume acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas às 18h07, depois do fechamento, mas estão sujeitas a alterações.

Bolsas mundiais: NY também tem recorde

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 19, com Dow Jones  renovando máxima histórica de fechamento, em mais um pregão atento às perspectivas para a política monetária do Federal Reserve  (Fed, o banco central norte-americano) ao longo do próximo ano.

Além disso, enquanto o consenso é de um relaxamento do Fed diante da desaceleração da inflação, analistas destacam ainda o possível efeito que o entusiasmo com a inteligência artificial poderá ter nas ações.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,68%, a 37.557,92 pontos, na máxima histórica; o S&P 500 subiu 0,59%, a 4.768,37 pontos; o Nasdaq avançou 0,66%, a 15.003,22 pontos.

Europa

Anteriormente, as bolsas da Europa fecharam na maioria em alta em sessão com destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na região. A leitura da zona do euro deu sinalizações de uma desaceleração na inflação, o que fortalece perspectivas de uma maior flexibilização monetária na medida em que os CPIs se encaminham para perto da meta de 2%.

Nesse sentido, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,36%, a 477,04 pontos. O FTSE 100 subiu 0,31% em Londres, a 7.638,03 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,56%, a 16.744,41 pontos. O CAC 40, de Paris, avançou 0,08%, a 7.574,67 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,41%, a 30.363,53 pontos. O IBEX 35, de Madri, ganhou 0,52%, a 10.106,70 pontos. Já o PSI 20 recuou 0,30%, a 6.365,20 pontos, em Lisboa.

Rating do Brasil sobe, segundo S&P

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou nesta terça-feira (19) a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira atribuída à dívida soberana do Brasil, de BB- para BB, com perspectiva estável.

A decisão vem seis meses após a agência ter alterado a perspectiva de rating do Brasil de estável para positiva. Entenda os motivos da decisão da agência.

Ata do Copom movimenta Ibovespa hoje

A ata do Copom movimenta o Ibovespa hoje. O texto, divulgado nesta manhã, não deu sinais de aceleração nos cortes da Selic . Assim, o Copom pode reduzir os impactos benignos da melhora no cenário externo e da desinflação recente, na avaliação de Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Dessa maneira, “o Copom destaca que as surpresas na inflação de serviços se devem a fatores temporários. O Copom reforçou a tese de 0,50% à frente”, avalia Borsoi.

Assim, o trecho mais importante na ata, na opinião do economista, é quando o Copom destaca que ‘a evolução prospectiva do hiato do produto e a dinâmica do mercado de trabalho serão muito relevantes para determinar a velocidade com que a inflação atingirá a meta’.

Nesse sentido, “o Copom só mudará seus planos se a economia tiver uma desaceleração mais intensa, o que poderia levar à uma queda da inflação mais rápida, o que respingaria no processo de reancoragem das expectativas”, complementa Borsoi.

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