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Em dia de aversão global a risco, Ibovespa tomba 1,38%; dólar sobe 0,54% e fecha cotado a R$ 5,47

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (3) e o que movimentou os ativos

Em um dia de aversão a risco no exterior, diante da escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio, o Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira em queda firme, de mais de 1%.

Assim, o índice apagou toda a valorização observada na sessão anterior, que foi influenciada pela melhora na nota de crédito do Brasil pela Moody’s.

Ibovespa hoje

O ambiente externo mais negativo pesou sobre o sentimento dos agentes e proporcionou algum ajuste de posições, também em um cenário que contempla a permanência dos riscos fiscais e uma alta, ainda que contida, dos juros de longo prazo.

O Ibovespa, assim, encerrou o pregão em queda de 1,38%, aos 131.672 pontos.

Na mínima intradiária, o índice chegou a 131.176 pontos, enquanto na máxima tocou os 133.514 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 17,3 bilhões no Ibovespa e de R$ 22,8 bilhões na B3.

Em Nova York, o dia também foi negativo para as bolsas, o que gerou perda de 0,44% do índice Dow Jones; queda de 0,17% do S&P 500 e leve baixa de 0,04% do Nasdaq.

Dólar hoje

O dólar à vista exibiu apreciação hoje, véspera da divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

À espera do indicador e também diante da crise geopolítica no Oriente Médio (que impulsionou os preços do petróleo), o investidor global mostrou cautela na sessão, afastando-se dos ativos de risco.

O real, assim como outras moedas ligadas à economia chinesa e aos preços das commodities, apresentou depreciação consistente, na ausência de novos gatilhos vindos da Ásia.

Algum temor com a questão fiscal no Brasil também deu algum suporte à dinâmica do dólar, que chegou a avançar 1,20%, mas depois desfez o movimento.

Terminadas as negociações, o dólar à vista exibiu valorização de 0,54%, a R$ 5,4734, depois de ter tocado na mínima de R$ 5,4503 e encostado na máxima de R$ 5,5107.

Já o euro comercial avançou 0,33%, a R$ 6,0361.

Entre as moedas mais desvalorizadas hoje estiveram o won sul-coreano e o rand sul-africano, mas quem liderou as perdas foi a libra esterlina.

Bolsas de Nova York

As principais bolsas de Nova York encerraram o dia em queda por mais uma sessão, em meio a persistência dos conflitos no Oriente Médio, que afastam o apetite dos investidores por ativos de risco.

As perdas chegaram a ser reduzidas mais cedo após a publicação de dados positivos da economia americana.

Contudo, eles não foram suficientes para manter o ânimo do mercado.

O índice Dow Jones teve queda de 0,44%, a 42.011,59 pontos; o S&P 500 caiu 0,17%, a 5.699,94 pontos; e o Nasdaq recuou 0,04%, a 17.918,18 pontos.

Bolsas da Europa

As principais bolsas da Europa fecharam a sessão em queda firme, enquanto os investidores monitoravam a continuidade das tensões no Oriente Médio e avaliavam dados econômicos fracos da zona do euro.

O índice Stoxx 600 caiu 0,93%, a 516,29 pontos.

CAC 40, de Paris, teve queda de 1,32%, para 7.477,78 pontos.

DAX de Frankfurt, por sua vez, recuou 0,78% a 19.015,41 pontos.

FTSE, de Londres, fechou em queda de 0,10%, a 8.282,52 pontos.

Além das preocupações sobre as possíveis retaliações de Israel ao Irã após o ataques de mísseis do começo da semana, outros conflitos são monitorados na região.

Israel conduziu na noite de ontem ataques a um depósito de armas na cidade síria de Jableh, segundo relato divulgado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O ataque, feito com drones e mísseis lançados por aviões de guerra, destruiu o depósito e provocou grandes explosões.

No front macroeconômico europeu, foi divulgado mais cedo que o índice de gerente de compras composto (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu para 49,6 em setembro, de 51 em agosto, entrando em contração pela primeira vez desde fevereiro.

Ao mesmo tempo, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,6% em agosto, contudo recuou em relação à alta de 0,7% de julho, mas ficou acima do consenso de 0,4%.

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