Mercado

Em dia de perdas globais, Ibovespa contém estrago e cai 0,46%

Dólar sobe 0,56% e vai a R$ 5,74, maior valor desde março de 2021

O Ibovespa fechou em queda de 0,46%, aos 125.269,54 pontos nesta segunda-feira (05/08). Já o dólar teve alta de 0,56%, cotado a R$ 5,74. Os principais índices acionários de Nova York desabaram e o Nikkei, da Bolsa de Tóquio, afundou mais de 12%, diante da possibilidade de os Estados Unidos entrarem em recessão.

Números da atividade do setor de serviços americano referentes a julho ajudaram a reduzir as perdas, ao mesmo tempo em que balanços corporativos seguiram no radar dos agentes financeiros.

Ibovespa

Nas mínimas intradiárias, tocou os 123.073 pontos e, nas máximas, os 125.851 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 18,65 bilhões no Ibovespa e R$ 25,36 bilhões na B3.

No mercado acionário, papéis de volatilidade alta foram mais pressionados na sessão, como foi o caso de CVC ON e EZTec ON, que perderam 5,95% e 4,24%, respectivamente.

Na ponta positiva estão as ações ordinárias do Bradesco, que subiram 8,30% após resultados trimestrais considerados positivos pelo mercado.

Já os papéis ordinários do Grupo Pão de Açúcar lideraram as altas do pregão, avançando 14,98%, em meio a tratativas de venda da participação na companhia pelo Grupo Casino.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão em alta e anotou o seu maior nível de fechamento desde março de 2021. A marca foi alcançada mesmo com uma perda de fôlego da moeda americana contra o real ao longo da tarde, que a afastou das máximas intradiárias.

Temores acerca de uma recessão nos Estados Unidos voltaram a fazer com que os investidores liquidassem posições em ativos de risco, o que prejudicou o câmbio local.

O dólar à vista fechou em alta de 0,56%, a R$ 5,7412, após tocar a máxima de R$ 5,8641 e a mínima de R$ 5,7132. Já o euro comercial subiu 1,00%, a R$ 6,2919.

No exterior, o índice DXY – que mede o dólar contra seis pares globais – recuava 0,53%, a 102,66 pontos por volta de 17h15.

O real ainda teve desempenho melhor que o da maioria de seus pares, uma vez que o dólar saltava mais de 2% contra o peso chileno e o peso colombiano. Já contra o peso mexicano, a moeda americana tinha queda de 0,79%.

Bolsas de Nova York

Os principais índices acionários de Nova York fecharam o dia em queda firme, em meio ao sentimento de aversão ao risco que tomou conta dos mercados globais após dados fracos de emprego dos Estados Unidos despertarem temores de recessão no país.

O Nasdaq chegou a cair mais de 6%, enquanto o S&P 500 teve seu pior dia desde setembro de 2022. O movimento foi atenuando ao longo da sessão após dados do setor de serviços terem mostrado avanço. Ainda assim, as bolsas tiveram perdas que chegaram a mais de 3%

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 2,60%, a 38.703,27 pontos; o S&P 500 recuou 3,00%, a 5.186,33 pontos; e o Nasdaq teve queda de 3,43%, a 16.200,08 pontos. As ações de big techs foram o destaque negativo, com a Nvidia caindo 6,36%, a Apple recuando 4,8% e Amazon perdendo 4,10%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a segunda-feira (5) em queda firme, em meio a forte aversão ao risco global por conta dos temores de que os Estados Unidos entre em recessão após uma leva de dados fracos da economia do país divulgados nos últimos dias.

O índice Stoxx 600 caiu 2,17%, a 487,05 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 1,42%, para 7.148,99 pontos. O DAX, de Frankfurt, por sua vez, recuou 1,82% a 17.339,00 pontos. O FTSE 100, da bolsa de Londres, teve queda de 2,04%, para 8.008,23 pontos.

As fortes perdas na Europa aconteceram na esteira da derrocada do índice Nikkei, do Japão, que fechou registrando a maior queda desde 1987, recuando 12,4%.

“O sell-off global abrupto sugere uma perda significativa de confiança, embora não esteja claro se os dados mais brandos dos EUA estão de acordo com uma desaceleração benigna do crescimento ou se sugerem um pouso forçado real e uma recessão”, disse Kallum Pickering, economista-chefe da Peel Hunt, em nota.

Nesse contexto, o VIX, que mede a volatilidade do mercado, subiu mais de 100%, a 45,75%.

*Com informações do Valor Econômico

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