Mercado

Em pregão de correção, Ibovespa cai 1,15% e perde 122 mil pontos; dólar sobe 0,48% e vai a R$ 6,05

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (16) e o que movimentou os ativos

Um movimento de correção dominou os negócios na bolsa hoje em um dia de avanço dos juros futuros. Depois de subir 2,81% na véspera, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,15%, aos 121.234 pontos, perto da mínima diária de 120.796 pontos. Na máxima, ele chegou a alcançar os 122.660 pontos.

Ibovespa hoje

O giro financeiro do índice bateu os R$ 24,7 bilhões e os R$ 30,3 bilhões na B3, impulsionado pelo volume financeiro negociado das ações da Vale, que chegou a R$ 11,5 bilhões, respondendo por 46,8% do giro do Ibovespa no pregão.

A Cosan anunciou hoje que zerou a posição que detinha na mineradora, com a venda de 173 milhões em ações, o equivalente a R$ 9 bilhões.

As ações da Vale passaram por um dia de forte volatilidade, mas fecharam em leve alta de 0,13%, enquanto os papéis da Cosan registraram avanço firme durante toda a sessão e subiram 0,58% no fechamento.

Ações do São Martinho lideraram as perdas, com queda de 8,07%, revertendo a alta de 3,30% vista na véspera.

Já a maior alta foi registrada pelas ações da Azul, que subiram 3,63%.

A aérea e a Abras, holding que controla a Gol, assinaram ontem um memorando de entendimento para potencial fusão entre as empresas.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou os negócios desta quinta-feira em alta e, assim, deixou para trás a leve desvalorização observada no início da sessão.

Naquele momento, a moeda americana chegou a operar abaixo de R$ 6 pela primeira vez em pouco mais de um mês.

Dados mais fortes da economia dos Estados Unidos e a aproximação da posse de Donald Trump, na segunda-feira, ajudaram a reverter a dinâmica do câmbio ao longo da sessão.

No fim da tarde, tanto o peso mexicano quanto moedas ligadas aos preços de commodities e, portanto, à economia chinesa passaram a exibir uma depreciação mais acentuada, em sinais de aversão a risco nesses mercados, poucos dias antes de Trump tomar posse como presidente dos EUA.

Encerrados os negócios no mercado “spot”, o dólar comercial fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 6,0532, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,9955 e encostado na máxima de R$ 6,0704.

Já o euro comercial avançou 0,56%, a R$ 6,2348.

Das 33 moedas mais líquidas acompanhas pelo Valor, o dólar se valorizava mais contra o peso mexicano (+1,82%), o peso colombiano (0,95%) e o peso chileno (0,75%).

Bolsas de Nova York

As bolsas recuaram em Nova York, sem conseguir sustentar o rali da última sessão, apesar dos rendimentos dos treasuries e do dólar seguirem em queda.

O CPI em linha com o esperado e os balanços de grandes bancos nesta semana animaram o mercado, mas os investidores se mantêm cautelosos em meio a dados mistos da economia americana e a posse do presidente eleito Donald Trump na segunda-feira.

No entanto, isso não impediu as ações do Morgan Stanley de encerrarem o dia em forte alta de 4,03%, após o banco divulgar hoje mais cedo que seu lucro mais do que dobrou no quarto trimestre do ano passado.

Por outro lado, o Bank of America fechou em queda de 0,98%, apesar de seus balanços surpreenderem o mercado.

No fechamento, o índice Dow Jones recuou 0,16%, aos 43.153,13 pontos e o S&P 500 teve queda 0,21%, aos 5.937,34 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,89%, aos 19.338,290 pontos.

Entre os setores do S&P 500, tecnologia, comunicação e consumo discricionário apresentaram as maiores perdas.

Serviços públicos e o setor imobiliário, que são mais sensíveis a juros, tiveram as altas mais expressivas, favorecidos pelo desempenho dos treasuries na sessão.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em forte alta, dando continuidade aos ganhos da última sessão, com o impulso da inflação em linha com o esperado nos Estados Unidos e o alívio nos rendimentos dos títulos públicos.

O mercado também repercute balanços de empresas, especialmente após a Richemont informar alta de 10% nas vendas em seu último balanço, impulsionando as ações do setor de luxo.

As ações da LMVH, dona da Louis Vouitton, dispararam 9,01%, liderando as altas da bolsa de Paris.

A Kering (+5,73%) e a Hermes (+4,78%) também apresentaram ganhos expressivos no fechamento.

“Os mercados europeus estão com um ânimo renovado, graças à desaceleração da inflação subjacente nos EUA e aos resultados positivos dos bancos, que impulsionam o sentimento de maior apetite por risco”, afirma Matt Britzman, analista sênior de ações na Hargreaves Lansdown.

O índice Stoxx 600 avançou 0,93%, aos 519,81 pontos.

O FTSE, de Londres, teve alta de 1,09%, aos 8.391,9 pontos, e o DAX, de Frankfurt, subiu 0,39%, aos 20.655,39 pontos.

Já o CAC 40, de Paris, acelerou 2,14%, aos 7.634,74 pontos.

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.