Embalado por petróleo e Fed, Ibovespa fecha em alta de 1,20%; dólar sobe
Já o dólar apresentou alta de 0,68%, cotado a R$ 5,65
O Ibovespa fechou em alta de 1,20%, aos 127.651,81 pontos nesta quarta-feira (31/07). Já o dólar apresentou alta de 0,66%, cotado a R$ 5,65. O índice acompanhou o bom humor do mercado de ações global, após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que o início do ciclo de cortes de juros “pode acontecer” em setembro.
Os investidores aguardam, ainda, a decisão de política monetária no Brasil, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada na noite desta quarta.
Destaque, ainda, para os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras, que subiram 2,71% e 2,07%, respectivamente, em meio ao avanço petróleo por conta do aumento das tensões no Oriente Médio. Vale ON, outro papel pesado do índice, avançou 2,34% interrompendo sequência de quedas.
Ibovespa
Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.139 pontos e, nas máximas, os 127.853 pontos. Em julho, a bolsa acumulou alta de 3,02%.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 17,61 bilhões no Ibovespa e R$ 23,02 bilhões na B3.
Dólar
A postura menos conservadora do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, durante a coletiva de imprensa após a decisão de juros não foi suficiente para sustentar uma recuperação do real na sessão de hoje. o dólar comercial encerrou o dia em alta firme e acumulou avanço de mais de 1% em julho.
Os riscos de um conflito amplo entre Irã e Israel e a tensão do mercado antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pressionaram o câmbio local até o fim do dia, que também contou com a formação da Ptax de fim de mês, o que aumentou a volatilidade nas primeiras horas de negócios.
O dólar à vista fechou a sessão de hoje em alta de 0,66%, a R$ 5,6541, e acumulou um avanço de 1,18% neste mês. A máxima intradiária foi de R$ 5,6841, enquanto a mínima foi de R$ 5,6064. O euro comercial, por sua vez, subiu 0,75%, a R$ 6,1184.
O desempenho do real ainda contrariou a tendência global de enfraquecimento do dólar, e a moeda brasileira anotou com folga o pior desempenho do dia entre as 33 divisas acompanhadas pelo Valor.
Por volta de 17h05, o índice DXY recuava 0,46%, a 104,07 pontos. O dólar ainda anotava forte queda de 0,73% ante o peso mexicano; cedia 1,33% contra o peso chileno; e depreciava 0,75% no confronto com o peso colombiano.
Bolsas de Nova York
Os principais índices acionários de Nova York dispararam depois que o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizou a possibilidade de começar a reduzir as taxas de juros em setembro após a autarquia manter as taxas inalteradas na faixa e 5,25% a 5,50% ao ano.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,24%, a 40.842,79 pontos; o S&P 500 subia 1,58%, a 5.522,30 pontos; e o Nasdaq avançava 2,64%, a 17.599,40 pontos.
Powell disse, em entrevista coletiva, que há um consenso de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) está se aproximando do momento do corte e que, se a inflação desacelerar e o mercado de trabalho desaquecer, um corte dos juros em setembro pode estar sobre a mesa.
Além dos comentários do presidente do Fed, as bolsas foram impulsionada pelos ganhos em papéis de big techs. As ações da Nvidia saltaram 12,8%, se recuperando das perdas expressivas do mês.
A Advanced Micro Devices (AMD) subiu 4,36%, após a empresa elevar sua previsão de receita para o ano inteiro. Outras big techs como Apple (+1,50%) e Amazon (+2,90%) também avançaram.
Agora, os investidores ficam atentos aos resultados trimestrais da Meta Platforms (+2,51%) e da Qualcomm (+8,39%), que serão divulgados após o fechamento dos mercados.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram a quarta-feira (31) em alta, impulsionados pelos ganhos em papéis do setor de tecnologia, especificamente fabricantes de semicondutores.
O avanço se deu após notícias de que os Estados Unidos irão elevar as restrições comerciais para a exportação de chips para a China, o que pode favorecer empresas europeias do setor.
Nesse contexto, o índice Stoxx 600 subiu 0,79%, a 518,14 pontos, o CAC 40, de Paris, avançou 0,76%, para 7.531,49 pontos, o DAX, de Frankfurt, anotou ganho de 0,53%, a 18.508,65 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, escalou 1,13%, para 8.367,98 pontos.
Em meio a notícia sobre as restrições de chips, a holandesa ASML subiu 5,5%, puxando todo o setor de tecnologia, que valorizou 2,7%.
Outras ações de demais setores também foram destaque. O HSBC fechou em alta de 4%, após superar as estimativas do mercado referente ao seu balanço trimestral. Ao mesmo tempo, a Adidas, que também divulgou balanço, caiu 2,2%.
No front macroeconômico, mais cedo, foi divulgado que o índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar de julho da zona do euro, ficou em 2,6% ante consenso de 2,4% e 2,5% de junho. Já o núcleo — que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia — atingiu 2,9%, estável em relação a junho, mas acima dos 2,8% projetados.
O foco do mercado, agora, fica com a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), que sai hoje à tarde. “Não se espera que o Fed faça uma mudança em suas taxas, mas é amplamente esperado que dê a entender um corte nas taxas em setembro”, disse a analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, em nota. Amanhã, o foco será a decisão do Banco da Inglaterra (BoE).
*Com informações do Valor Econômico
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