Mercado

Com força de Vale e bancos, Ibovespa B3 fecha em alta de 0,25%; dólar fica a R$ 5,75

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (6) e o que movimentou os ativos

A alta das ações da Vale e de alguns bancos ajudou a dar fôlego para o Ibovespa B3 voltar ao terreno positivo e terminar o dia em leve alta de 0,25%, aos 123.358 pontos.

Os efeitos danosos de uma eventual guerra tarifária na economia americana elevaram a aversão a risco em Wall Street e limitaram um desempenho mais positivo do mercado acionário brasileiro nesta quinta-feira.

Em meio a um cenário de maior volatilidade com o vaivém da política tarifária dos Estados Unidos, temores em torno de um eventual anúncio de medidas para conter a alta dos alimentos no Brasil também exigiram uma cautela maior dos investidores locais.

Ibovespa hoje

Na máxima da sessão, o índice chegou a alcançar os 124.112 pontos, em meio a notícias de que os EUA irão isentar por um mês as novas tarifas sobre produtos mexicanos e canadenses que fazem parte do acordo comercial Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que entraram em vigor na terça-feira.

A medida foi confirmada horas depois. Já na mínima, o Ibovespa bateu os 122.681 pontos. O volume financeiro do Ibovespa na sessão foi de R$ 16,2 bilhões e de R$ 21,7 bilhões na B3.

As ações da Vale subiram 1,10%. Já os papéis PN da Petrobras recuaram 1,04%, na quarta sessão seguida de queda.

Desde a apresentação do balanço da empresa, na última quarta-feira (26), a companhia já perdeu R$ 54,3 bilhões em valor de mercado.

Entre as maiores desvalorizações ficaram os papéis da Marcopolo (-8,60%), Marfrig (-2,74%) e Brava (-2,66%). Já as ações da Natura&Co ficaram entre as maiores altas, no valor de 5,83%.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira bem perto da estabilidade.

As negociações de hoje foram marcadas pela perda de força global do dólar na parte da manhã, em meio a notícias sobre mais um adiamento do presidente americano, Donald Trump, em suas medidas tarifárias contra o México e o Canadá.

Por aqui, notícias sobre a intenção do governo de lançar medidas para conter a inflação de alimentos ajudaram os mercados locais a exibirem uma piora no início da tarde, mas, sem definições e anúncios por ora, o movimento se desfez.

Encerradas as negociações de hoje, o dólar “spot” fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,7570, depois de encostar na mínima de R$ 5,7323 e bater na máxima de R$ 5,7808.

Já o euro comercial exibiu valorização de 0,12%, a R$ 6,2184.

No exterior, perto das 17h20, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis outras moedas fortes, recuava 0,20%, aos 104,094 pontos.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira em queda firme, em um momento no qual a incerteza em torno da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem aumentado e ajudado a gerar instabilidade na renda variável.

O desempenho mais fraco de dados divulgados nos últimos dias também mantém ligado o sinal de alerta dos investidores, que temem uma desaceleração econômica mais forte.

Assim como balanços que frustraram as estimativas – caso da Marvell, que puxou para baixo as ações de empresas de tecnologia na sessão.

Assim, em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,99%, aos 42.579,08 pontos; e o S&P 500 recuou 1,78%, para 5.738,52 pontos, no menor nível desde novembro. Já o índice eletrônico Nasdaq teve baixa de 2,61%, aos 18.069,26 pontos.

Mesmo com o recuo de Trump e o novo adiamento de tarifas impostos pelos EUA sobre produtos mexicanos e canadenses, o mercado tem observado com atenção o vaivém das questões comerciais e, diante da instabilidade, parte dos agentes tem optado por movimentos mais cautelosos, especialmente após alguns dados de confiança e de sentimento terem mostrado uma piora no ambiente econômico.

“Quando olho para isso [as questões comerciais], me lembro do susto com o crescimento no fim de julho do ano passado, quando tivemos uma mudança de foco da inflação para o crescimento econômico, particularmente em torno do mercado de trabalho”, nota o vice-presidente de gestão de portfólio da Allianz Investment Management, Charlie Ripley.

Para ele, a liquidação vista recentemente nas ações americanas pode continuar até que os dados econômicos comecem a tranquilizar os investidores de que os EUA não estão entrando em recessão.

Bolsas da Europa

Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira. A única exceção foi o FTSE 100, da Bolsa de Londres, que fechou em queda, com peso de resultados corporativos que desagradaram o mercado.

Na Alemanha, as ações foram impulsionadas pelos planos do governo de aumentar os gastos. No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 0,13%, aos 556,83 pontos.

O FTSE 100 caiu 0,83%, aos 8.682,84 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, avançou 1,47%, aos 23.419,48 pontos e o CAC 40, de Paris, teve alta de 0,29%, aos 8.197,67 pontos.

Pela manhã, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou mais uma redução de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juros, de 2,75% para 2,50%, como era amplamente esperado pelo mercado.

Em coletiva de imprensa após a decisão, a presidente do banco central, Christine Lagarde, afirmou que a política monetária estava se tornando menos restritiva, ressaltou as incertezas no cenário econômico e disse que, se for necessário, os dirigentes podem pausar o ciclo de cortes.

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