Em dia de correção e Vale em baixa, Ibovespa cai 0,65%; dólar tem 7ª queda seguida e fecha em R$ 5,86
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (28) e o que movimentou os ativos
Após a alta firme engatilhada no mercado local com o movimento de rotação para mercados emergentes visto na véspera, o Ibovespa passou por um dia de correção e terminou em queda de 0,65%, aos 124.056 pontos, oscilando entre os 123.973 pontos e os 124.881 pontos.
Ibovespa hoje
O movimento ocorreu mesmo em um dia de depreciação mais forte do dólar frente ao real. O pregão foi de baixa liquidez. O volume financeiro do índice foi de R$ 12,3 bilhões e de R$ 16,2 bilhões na B3.
As ações da Vale estiveram entre as maiores perdas registradas por blue chips e fecharam em queda de 2,43%, revertendo a alta de 1,75% vista na véspera. A companhia apresentou os números de produção e vendas do último trimestre de 2024 após o fechamento dos mercados hoje.
Da mesma forma, os papéis da Petrobras tiveram perdas: as PN caíram 0,13% e as ON recuaram 0,24%, mesmo em um dia de alta nos preços do petróleo.
Por outro lado, as ações da Cogna foram destaque negativo após oito sessões seguidas de alta e recuaram 5,00%. Papéis da CVC e da LWSA também passaram por correções após registrar altas mais expressivas na sessão anterior e caíram 4,84% e 3,02%, respectivamente.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou o pregão desta terça em queda, na sétima sessão seguida de depreciação frente ao real. Operadores não viram um gatilho específico para a melhora, dado que o ambiente global foi marcado pela valorização da moeda americana.
O real, contudo, seguiu o desempenho do peso mexicano e de outras moedas emergentes, indicando uma correção no movimento de divisas que tiveram forte desvalorização no fim do ano passado antes e após a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Diante da ausência de medidas concretas pelo republicano até agora, um ajuste nas posições pode ter beneficiado esses mercados na sessão de hoje.
Terminadas as negociações, o dólar à vista fechou em queda de 0,73%, cotado a R$ 5,8690, no menor patamar desde 26 de novembro de 2024, quando fechou a R$ 5,8080. Hoje o dólar encostou na mínima de R$ 5,8565 e tocou na máxima de R$ 5,9197.
Já o euro comercial exibiu desvalorização de 1,29%, cotado a R$ 6,1225.
Perto das 17h05, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de outras seis divisas fortes, valorizava 0,52%, aos 107,903 pontos. O dólar, porém, recuava 1,01% ante o peso mexicano e 0,42% ante o rand sul-africano.
Bolsas de Nova York
Os principais índices de ações de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, após a forte queda na sessão anterior, que foi motivada pelo anúncio da empresa chinesa DeepSeek de que teria desenvolvido um modelo de IA similar a de suas concorrentes americanas, mas mais barato.
As ações ligadas ao setor de tecnologia recuperaram parte das perdas no pregão de hoje, com a Nvidia encerrando o pregão em forte alta de 8,82%, após registrar a maior perda de valor de sua história.
No fechamento de hoje, o índice Dow Jones subiu 0,31%, aos 44.850,35 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,92%, aos 6.067,70 pontos e o Nasdaq acelerou 2,03%, aos 19.733,586 pontos.
Apesar de tecnologia (+3,6%) e comunicação (+1,26%) terem apresentado ganhos expressivos no S&P 500, a maioria dos setores do índice terminou o dia no negativo, em um movimento contrário ao da última sessão.
Amanhã, investidores acompanham os balanços de grandes empresas, como a Meta, Tesla e Microsoft, que fazem parte do grupo das “Sete Magníficas”, empresas de tecnologia com grande valor de mercado. Na quinta-feira, é a vez da Apple.
Já no cenário macro, o mercado deve repercutir a decisão do Fomc nesta quarta. É amplamente esperado que o Federal Reserve (Fed) mantenha a taxa de juros inalterada, mas analistas devem buscar por pistas sobre as próximas reuniões.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, com impulso das ações ligadas ao setor de tecnologia se recuperando da forte perda de ontem.
No fechamento, o Stoxx 600 avançou 0,36%, aos 531,60 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a renovar o seu recorde intradiário, aos 533,66 pontos.
O FTSE 100, da Bolsa de Londres, teve alta de 0,35%, aos 8.533,87 pontos, e o DAX, de Frankfurt, subiu 0,70%, aos 21.430,58 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,12%, aos 7.897,37 pontos.
Por outro lado, investidores também seguem atentos aos primeiros dias da presidência de Donald Trump, que realizou ontem novas ameaças tarifárias, se refletindo na queda do euro frente ao dólar no pregão de hoje.
Parte do mercado espera que isso se torne um problema para a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que deve cortar os juros em mais 25 pontos-base.
“O mercado já está precificando dois cortes nas próximas duas reuniões, e o BCE provavelmente não se comprometerá com mais cortes além disso neste momento”, dizem os analistas do Bank of America em nota. Para eles, se o banco central se mostrar cauteloso, o euro pode se beneficiar.
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