Ibovespa B3 atinge máxima histórica intradiária e fecha em alta de 2,12%; dólar cai a R$ 5,66
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (8) e o que movimentou os ativos
Em um dia em que uma combinação de fatores turbinou o desempenho da bolsa local, o Ibovespa B3 chegou a bater a máxima histórica intradiária, de 137.635 pontos. O índice, no entanto, perdeu um pouco do ímpeto perto do fim do pregão e encerrou com alta de 2,12%, aos 136.232 pontos.
Com isso, o índice não conseguiu superar a máxima histórica de fechamento, que é de 137.343 pontos, registrada em 28 de agosto do ano passado.
O volume financeiro do Ibovespa chegou a R$ 28 bilhões e bateu R$ 34,6 bilhões na B3.
O movimento no pregão de hoje foi impulsionado pela expectativa do fim do ciclo de alta da Selic e pela chance de um acordo comercial entre Estados Unidos e China. A sessão também foi marcada pela surpresa positiva de investidores sobre alguns papéis de peso relevante, como Bradesco.
O banco divulgou ontem à noite o seu balanço, com destaque para o avanço do lucro líquido recorrente e da rentabilidade. No fim do dia, as ações PN da instituição fecharam em alta de 15,64%, enquanto as ON subiram 14,04%. Outros papéis de blue chips também avançaram, como as PN da Petrobras (+1,39%) e as units do BTG Pactual (+6,06%). Já a Vale recuou 0,30% no pregão.
Os resultados da Azzas 2154 também foram bem-recebidos pelo mercado e as ações responderam pelas maiores altas do Ibovespa, com um avanço de 22,03%. Já as maiores perdas foram registradas pelos papéis da Minerva, que caíram 7,69%.
Maiores altas do Ibovespa
- Azzas 2154 (AZZA3): +22,03%
- Banco Bradesco (BBDC4): +15,64%
- Banco Bradesco (BBDC3): +14,04%
- CVC (CVCB3): +11,06%
- Hapvida (HAPV3): +9,33%
- Banco do Brasil (B3SA3): +8,37%
- Braskem (BRKM5): +7,80%
- Lojas Renner (LREN3): +7,45
- Brava Energia (BRAV3): +7,43%
- Auren (AURE3): +7,01%
Maiores baixas do Ibovespa
- Minerva Foods (BEEF3): -7,69%
- Grupo Ultra (UGPA3): -3,69%
- TIM Brasil (TIMS3): -2,88%
- Caixa Seguridade (CXSE3): -2,60%
- BB Seguridade (BBSE3): -2,60%
- Carrefour Brasil (CRFB3): -2,19%
- Telefônica Vivo (VIVT3): -1,69%
- Raia Drogasil (RADL3): -1,63%
- Marfrig (MRFG3): -0,58%
- São Martinho (SMFT3): -0,81%
Dólar em queda após Copom e acordo de Trump
O dólar à vista exibiu forte desvalorização frente ao real, um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em 0,50 ponto percentual e abrir possibilidades para o fim de seu ciclo de aperto monetário.
Diante disso, hoje os ativos brasileiros foram beneficiados, com a bolsa em alta de 2,4%. O ambiente global também ajudou, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar acordo comercial com o Reino Unido.
Se nos últimos dias, a incerteza sobre medidas comerciais abriu espaço para os investidores globais ficarem , hoje o movimento foi o contrário, com as moedas da região em forte alta. Não bastasse isso, o ambiente local também mais construtivo e com taxa de juros bastante elevada ajudou a beneficiar o câmbio.
Encerradas as negociações do mercado à vista, o dólar “spot” fechou negociado em queda de 1,47%, cotado a R$ 5,6611, bem perto da mínima do dia de R$ 5,6606 e longe da máxima de R$ 5,7480. Já o euro comercial registrou desvalorização de 2,17%, a R$ 6,3541.
Perto do fechamento, o real tinha o segundo melhor desempenho dentre as 33 moedas mais líquidas.
Alta em Wall Street: Trump promete reduzir tarifas para a China
Em um dia positivo para os mercados, as falas do presidente Donald Trump indicando uma redução nas tarifas contra a China, durante o anúncio do acordo comercial com o Reino Unido, impulsionaram ainda mais as bolsas em Wall Street. O republicano afirmou que as tarifas aplicadas a Pequim “com certeza” serão reduzidas durante as negociações no próximo sábado.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,62%, aos 41.368,69 pontos; o S&P 500 ganhou 0,58%, aos 5.663,95 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,07%, aos 17.928,14 pontos. Os setores de tecnologia (+0,85%) e consumo discricionário (1,35%) foram dois dos maiores direcionadores da valorização das bolsas.
Ações de empresas ligadas ao setor de chips também ficaram entre os maiores avanços do dia, com o mercado à espera de que o governo Trump revogue uma medida da gestão Joe Biden, que restringia a exportação de chips de IA avançados. As ações da Nvidia tinham alta de 0,26%, seguidas da Broadcom (+1,45%), Intel (+3,4%), AMD (1,34%) e Micron Technology (+3,06%).
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