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Ibovespa B3 encerra a semana em baixa em meio à aversão global a risco; dólar mantém os R$ 5,54

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (11) e o que movimentou os ativos

Em mais um dia com as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no radar, o Ibovespa B3 fechou o pregão desta sexta-feira (11) em baixa de 0,41%, aos 136.187,31 pontos. O desempenho fez o principal índice de ações do mercado brasileiro apresentar queda de 3,59% no total da semana. 

Após o anúncio, na quarta-feira, de que os EUA irão impor uma tarifa de 50% “sobre todo e qualquer produto brasileiro”, Trump afirmou hoje que irá taxar as importações do Canadá em 35%, além de ameaçar tarifas mais altas em todos os setores. 

Os atos geraram aversão global ao risco, o que derrubou as bolsas por todo o mundo. A cautela se soma à expectativa de novos anúncios de taxas sobre a União Europeia, o que levaria a mais receios sobre o crescimento econômico mundial.  

No cenário local, investidores também repercutiram o resultado do setor de serviços, que cresceu 0,1% em maio, quarta alta consecutiva.

+ Quais setores da bolsa são mais afetados pelo tarifaço de Trump – e o que fazer com suas ações? 

Ibovespa hoje 

Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 136.741,87 pontos na máxima e 135.528,07 pontos na mínima do dia. O volume negociado na B3 foi de R$ 20,2 bilhões.

As ações que mais subiram  

  • PetroRecôncavo (RECV3): 3,51% 
  • MRV (MRVE3): 3,05% 
  • Prio (PRIO3): 2,20% 
  • CVC (CVCB3): 1,74% 
  • Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): 1,58% 

As ações que mais caíram  

  • Yduqs (YDUQ3): -7,40% 
  • BRF (BRFS3): -4,35% 
  • Marfrig (MRFG3): -4,17% 
  • Localiza (RENT3): -4,16%   
  • Cogna (COGN): -3,99% 

Dólar hoje 

Apesar dos temores com a nova escalada das tarifas de Trump a diversos países, o câmbio teve dia de alta mais amena. O dólar comercial terminou as negociações com valorização de 0,10%, mantendo os R$ 5,54. 

“A ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ampliou a aversão ao risco e pressionou moedas emergentes. A expectativa de novas medidas protecionistas contra a União Europeia e a continuidade da saída de capital estrangeiro aumentam a demanda por dólar”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

O movimento vai na mesma direção da divisa norte-americana no resto do planeta. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra as principais dividas do mundo, avançou 0,21%. Na semana, o índice tem alta acumulada de 2,28%. 

Bolsas de Nova York 

A aversão a risco provocada pela política de tarifas também afetou as bolsas de Nova York, o que fez com que o Dow Jones fechasse em baixa de 0,63%, aos 44.371,51 pontos. O S&P 500 caiu 0,33%, nos 6.259,75 pontos e o Nasdaq terminou o dia com queda de 0,22%, aos 20.585,53 pontos.

Na semana o Dow Jones e S&P 500 cederam 1,01% e 0,32%, respectivamente, enquanto o Nasdaq perdeu 0,08%. 

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