Ibovespa B3 fecha em alta de 0,40% e reverte queda em dia volátil; dólar também vira e cai a R$ 5,64
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (23) e o que movimentou os ativos
Depois de iniciar a sessão bastante pressionado e chegar a tocar os 134.997 pontos, na mínima do dia, o Ibovespa B3 reverteu as perdas no fim da manhã e fechou em alta de 0,40%, aos 137.824 pontos, na máxima da sessão. Uma desaceleração das quedas em Wall Street e uma virada para o campo positivo de algumas blue chips impulsionaram uma melhora do principal índice de referência da bolsa local.
Embora o governo tenha recuado parcialmente no aumento do IOF, os agentes ainda avaliam os possíveis impactos das medidas sobre a economia, especialmente na oferta de crédito às empresas. Nesse sentido, participantes do mercado se dividem entre os que veem impactos mais significativos e os que apontam que os efeitos podem ser marginais, dado o nível já bastante elevado da Selic.
Ibovespa hoje
Diante de incertezas sobre os efeitos do aperto do crédito, ações de varejistas lideraram as perdas na sessão: Azzas (-6,07%), Magazine Luiza (-4,96%), Vamos (-3,06%). A maior parte das ações de bancos também fechou no positivo, com exceção dos papéis do Banco do Brasil, que caíram 2,51%. Já o destaque de alta ficou para as PN do Itaú, que subiram 1,21%.
Já ações da Vale encerraram em alta de 0,17%, ao passo que as PN da Petrobras subiram 0,22%. A maior alta entre as ações do Ibovespa, porém, ficou para os papéis da Braskem, que avançaram 9,15%. Segundo apuração do Valor, o e.
O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 16,2 bilhões e de R$ 20,9 bilhões na B3.
Maiores altas do Ibovespa
- Braskem (BRKM5): +9,15%
- Raízen (RAIZ4): +7,00%
- Direcional Engenharia (DIRR3): +4,53%
- Cosan (CSAN3): +3,62%
- Pão de Açúcar (PCAR3): +3,00%
- Cemig (CMIG4): +2,98%
- Yduqs (YDUQ3): +2,91%
- SLC Agrícola (SLCE3): +2,83%
- Porto (PSSA3): +2,40%
- Minerva Foods (BEEF3): +2,17%
Maiores baixas do Ibovespa
- Azzas 2154 (AZZA3): -6,07%
- Magazine Luíza (MGLU3): -4,96%
- Vamos Locação (VAMO3): -3,06%
- Azul (AZUL4): -2,80%
- Banco do Brasil (BBAS3): -2,51%
- PetroRecôncavo (RECV3): -2,38%
- Assaí (ASAI3): -1,86%
- JBS (JBSS3): -1,23%
- Marfrig (MRFG3): -0,96%
- IRB (IRBR3): -0,51%
Dólar à vista encerra semana em queda acumulada de 0,40%
O dólar inverteu o sinal positivo visto na primeira metade do pregão e fechou em queda nesta sexta, cotado a R$ 5,64.
Investidores repercutiram os impactos do recuo do governo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos no exterior e monitoraram os desdobramentos da nova ameaça tarifária de Trump.
Na semana, o dólar à vista encerra semana em queda acumulada de 0,40%.
Ameaça tarifária de Trump derruba bolsas de NY
Após uma semana marcada pela preocupação dos agentes financeiros com a política fiscal dos Estados Unidos, as principais bolsas de Nova York fecharam em queda, após Trump reacender as preocupações do mercado sobre a guerra comercial ao “recomendar” tarifas de 50% contra a União Europeia.
Os EUA terão um final de semana prolongado e Wall Street não abrirá na segunda-feira (26), devido ao feriado do Memorial Day.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,61%, aos 41.603,07 pontos; o S&P perdeu 0,67%, aos 5.802,83 pontos; e o Nasdaq teve queda de 1%, aos 18.737,21 pontos. Na semana, as bolsas americanas acumulam queda de 2,47%, 2,61% e 2,47%, respectivamente.
O setor mais prejudicado no dia foi o de tecnologia, com queda de 1,33%. Uma das maiores desvalorizações foi das ações da Apple (-3,02%), após Trump ameaçar impor uma alíquota de 25% sobre os produtos da fabricante de iPhones caso a empresa não comece a produzir nos Estados Unidos. Os ativos da Arm (1,62%) e Intel (-2,43%) também tiveram fortes perdas.
Em publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump disse que a União Europeia foi formada com o “objetivo principal” de tirar vantagem dos Estados Unidos no comércio e que as negociações entre os países não estavam indo “a lugar nenhum”. O republicano afirmou também que recomenda tarifa fixa de 50% contra a UE a partir de 1º de junho.
A fala do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, de que espera a retomada das negociações entre EUA e a China deu um alívio momentâneo aos negócios, mas as bolsas voltaram a piorar no final do pregão.
Em entrevista à Bloomberg TV, Bessent também afirmou esperar que grandes acordos com vários países sejam anunciados nas próximas semanas.
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