Mercado

Ibovespa B3 fecha estável, mesmo com queda da Petrobras; dólar sobe a R$ 5,82

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (27) e o que movimentou os ativos

A sessão desta quinta-feira (27) foi de forte volatilidade no Ibovespa B3. Na máxima, o principal índice da bolsa de valores atingiu os 125.497 pontos, para depois bater nos 124.352, na mínima do dia.

O Ibovespa acabou fazendo o caminho inverso de ontem. Começou a sessão em baixa e virou para uma alta confortável, mas acabou fechando com leve alta de 0,02%, aos 124.798,96 pontos. Um ganho curto de 30,29 pontos.

Destaques do Ibovespa

As ações da Petrobras chegaram a cair mais de 4% diante do lucro 70% menor apresentado ontem, bem aquém da expectativa de investidores.

A Vale (VALE3) também impediu o Ibovespa de fechar com alta mais robusta. A mineradora caiu 0,74%, seguindo a baixa do minério de ferro na China.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam o dia em queda mais expressiva. O Nasdaq recuou 2,78%, o S&P caiu 1,59% e o Dow Jones cedeu 0,45%,

Juros

Os juros futuros encerraram o pregão de hoje em forte alta, em um dia em que o foco do mercado ficou sobre dados do mercado de trabalho local e a política tarifária dos Estados Unidos.

Segundo operadores do mercado, emissões de debêntures e uma zeragem de posições antes do feriado de Carnaval podem ter pressionado a curva na reta final da sessão.

Assim, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 fechou em alta de 14,75%, do ajuste anterior, a 14,81%; a do DI de janeiro de 2027 subiu de 14,75% para 14, 825%; a do DI de janeiro de 2029 anotou avanço de 14,698 a 14,81%.

Avaliação dos analistas

Os mercados repercutiram nesta quinta as falas do presidente norte-americano, Donald Trump.

Ele afirmou nesta que pretende impor tarifas de 25% sobre todos os produtos importados da União Europeia que chegam ao país.

Trump também indicou que as taxas impostas ao México e ao Canadá devem entrar em vigor em 4 de março e que a China deve receber uma tarifa adicional de 10% nesse dia.

Cenário local

No cenário local, o destaque foi a Petrobras. Segundo operadores, a melhora das ações da Petrobras foi impulsionada por declarações da presidente da companhia, Magda Chambriard, de que a empresa não poderá entrar em revenda de combustíveis até 2029 e de que irá manter o cronograma de investimentos.

Um dos pontos que chamaram a atenção de agentes financeiros no balanço apresentado pela companhia ontem foi o aumento dos investimentos, que se traduziu em dividendos menores.

Em teleconferência, a presidente da companhia também reconheceu hoje à tarde que “todo mundo esperava um lucro maior da companhia”. Com o recuo do dólar ao longo deste ano, de 5,67%, a expectativa de operadores é que a situação possa melhorar.

Dólar hoje: maior nível em quase um mês

O dólar atingiu o maior patamar em quase um mês. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,45%, cotado a R$ 5,8285, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,7960 e batido na máxima de R$ 5,8366.

Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,37%, a R$ 6,0646.

No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,77% perto das 17h05, aos 107,176 pontos.

Bolsas da Europa

Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quinta-feira, com peso das novas ameaças de tarifas de Donald Trump.

No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,51%, aos 556,84 pontos, após atingir um novo recorde de fechamento na véspera.

Já o FTSE 100, de Londres, subiu 0,28%, aos 8.756,21 pontos, e o DAX, de Frankfurt, recuou 1,07%, aos 22.550,89 pontos. Além disso, o CAC 40, de Paris, teve queda de 0,51%, aos 8.102,52 pontos.

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.