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Ibovespa B3 recua 0,18%, com cautela por fiscal; dólar fecha a semana a R$ 5,48

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (27) e o que movimentou os ativos

A volta do risco fiscal ao radar dos investidores, após a derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), pesou mais uma vez sobre o principal índice de ações da bolsa brasileira. O Ibovespa B3 fechou esta sexta-feira, 27, com recuo de 0,18%, aos 136.865,79 pontos. 

“Por um lado, a decisão foi vista como um alívio para contribuintes, levando a uma valorização inicial do Ibovespa e desvalorização do dólar, impulsionada também por dados de inflação (IPCA-15) melhores do que o esperado. Por outro lado, a derrubada do decreto aprofundou as preocupações fiscais, reabrindo o debate sobre o cumprimento da meta fiscal de 2026 e a necessidade de o governo encontrar novas fontes de receita ou realizar cortes mais profundos nos gastos”, ressaltou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad. 

Hoje, o noticiário indica a possibilidade de judicialização da questão, então há a possibilidade de o IOF aumentar novamente. Para Zogbi, essa imprevisibilidade em Brasília tende a manter os investidores cautelosos, impactando tanto a atratividade da renda variável quanto a percepção de risco cambial. 

Hoje também, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, contra 6,8% no trimestre móvel anterior e 7,1% no mesmo período de 2024 (7,1%). 

Ibovespa B3 hoje  

Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 137.208,57 pontos na máxima e 136.468,56 pontos na mínima do dia. O volume negociado na B3 foi de R$ 16,8 bilhões. 

As ações que mais subiram 

  • Engie Brasil (EGIE3): 4,24% 
  • Grupo Pão de Açúcar: (PCAR3): 2,01% 
  • Vale (VALE3): 1,92% 
  • Marcopolo (POMO4): 1,68% 
  • Localiza (RENT3): 1,35% 

As ações que mais caíram 

  • Vamos (VAMO): -6,56% 
  • Brava Energia (BRAV3): -3,59% 
  • CSN (CSNA3): -2,46% 
  • Smart Fit (SMFT3): -2,10,  
  • Yduqs (YDUQ): -2,06%   

Dólar hoje 

Assim como o Ibovespa, o dólar comercial também caiu nesta sexta-feira em baixa de 0,27%, e fechou a semana a R$ 5,483. O movimento vai na direção contrária da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com mais 0,24%, aos 97,38 pontos. Semana termina com baixa acumulada de 0,79%. 

Bolsas de Nova York 

Nos mercados globais, os índices S&P500 e Nasdaq atingiram novas máximas em meio a um sentimento de propensão à tomada de risco com o avanço de negociações entre os EUA e seus principais parceiros comerciais em relação às tarifas de importação. 

A divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) também animou os investidores, já que mostrou uma inflação mais branda ao subir 0,1% em maio ante abril, em linha com o esperado. 

Assim, o Dow Jones fechou em alta de 1%, com ganho semanal de 3,82%; o S&P 500 subiu 0,52% no dia e 3,38% na semana; e o Nasdaq fechou em valorização de 0,52%, ganhando 4,25% ao fim desta semana.

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