Ibovespa B3 tem leve queda de 0,16% com Petrobras e Vale em baixa; dólar sobe e chega a R$ 5,89
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (15) e o que movimentou os ativos
Em um pregão volátil, o Ibovespa B3 chegou a avançar no começo do dia até os 129.927 pontos, mas logo perdeu força e virou para o campo negativo. O índice fechou com leve queda de 0,16%, aos 129.245 pontos, depois de bater os 128.951 pontos, na mínima intradiária.
Durante parcela da sessão, a queda das ações da Petrobras e da Vale ajudou a ampliar as perdas do índice. À espera de novos desdobramentos tarifários, os investidores mantiveram a cautela.
Ibovespa hoje
Após o presidente americano, Donald Trump, autorizar uma pausa temporária das tarifas sobre eletrônicos, incluindo produtos chineses, o líder republicano sinalizou que pode isentar as alíquotas sobre veículos.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, também voltou a reforçar a pressão sobre a China, ao dizer que o país “precisa fazer um acordo” com os americanos.
As ações PN da Petrobras fecharam em queda de 2,30%, em linha com o recuo registrado nos preços do petróleo. Da mesma forma, os papéis da Vale cederam 1,01%.
Entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações da Azul, que recuaram 7,72%. O movimento ocorreu depois que os papéis dispararam mais de 12% na véspera.
Já a liderança entre as maiores altas ficou para as ações da Marcopolo, que subiram 7,04%, em um dia de correção após três sessões de recuo.
O volume financeiro do índice foi de R$ 14,9 bilhões e de R$ 20,4 bilhões na B3.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou as negociações desta terça-feira em alta frente ao real, em um dia em que a moeda americana apreciou contra a maioria das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
A incerteza sobre as medidas tarifárias nos Estados Unidos e os possíveis impactos delas na economia americana continuam pesando nas negociações, com as moedas de mercados emergentes entre as mais afetadas.
Operadores entendem que questões locais ganham relevância neste momento de incerteza, e as dúvidas sobre a seara fiscal pesam para o mercado cambial brasileiro.
Assim, encerradas as negociações do mercado “spot”, o dólar comercial registrou alta de 0,67%, cotado a R$ 5,8905, depois de ter encostado na máxima de R$ 5,9035 e batido na mínima de R$ 5,8334.
Já o euro comercial registrou valorização de 0,09%, a R$ 6,6473.
Perto do horário de fechamento, o dólar apreciava 0,99% ante o rand sul-africano, 0,97% contra o peso colombiano e 0,09% ante o peso mexicano.
Já o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,52%, aos 100,157 pontos.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York fecharam o dia em queda e próximas à estabilidade em um dia marcado pela volatilidade.
Os índices ainda repercutem as incertezas sobre a política tarifária americana, com novos recuos do presidente Donald Trump, e os agentes financeiros ficam de olho no início da temporada de balanços.
No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,39%, aos 40.368,72 pontos, enquanto o S&P 500 cedia 0,17%, aos 5.396,60 pontos, e o Nasdaq perdia 0,05%, aos 16.823,17 pontos.
Os setores com os melhores desempenhos foram os de tecnologia (0,34%), após o recuo de Trump, e finanças (0,23%), com os resultados do Bank of America e Citi.
O Bank of America teve um lucro de US$ 0,90 por ação no primeiro trimestre, superando as expectativas do mercado de US$ 0,82 por ação.
O lucro do Citigroup foi de US$ 1,96 por ação no primeiro trimestre, também acima do esperado pelo mercado.
Neste contexto, as ações do Citi subiram 1,76% no fechamento, enquanto o Bank of America valorizou 3,65%. O Goldman Sachs também teve bom desempenho no pregão, subindo 0,77%.
No setor de tecnologia, as ações da Nvidia foram uma das mais beneficiadas, com alta de 1,26%.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (15), estendendo os ganhos da véspera, diante do recuo do presidente americano, Donald Trump, sobre parte das tarifas anunciadas até o momento, o que aliviou as tensões do mercado.
Trump também disse que estaria cogitando suspender a tarifa de 25% anunciada sobre o setor automotivo, o que seria positivo para a indústria europeia.
No fechamento, o índice Stoxx 600 anotou alta de 1,61%, aos 507,93 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,41%, aos 8.249,12 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,43%, aos 21.253,70 pontos, e o CAC 40, de Paris, escalou 0,86%, aos 21.253,70 pontos.
O setor automotivo europeu teve alta de 2,10%, segundo o Stoxx 600. A Stellantis escalou 5,82%, nesta terça, a Renault avançou 1,53%, a BMW ganhou 2,04%, Mercedes-Benz subiu 1,73% e Volkswagen anotou ganho de 2,04%.
Por outro lado, a LVMH (-7,98%), dona da Louis Vuitton, puxou as ações do setor de luxo para baixo após seus resultados trimestrais virem piores do que o esperado pelo mercado.
A Kering teve queda de 4,74% e a Dior de 8,09%. O setor de luxo europeu teve queda de 1,56%, segundo o Stoxx 600.
No cenário macroeconômico, a produção industrial na zona do euro registrou alta de 1,1% em fevereiro sobre janeiro, superando as expectativas do mercado.
Além disso, o índice Zew de sentimento econômico da Alemanha, que acompanha as expectativas para os próximos seis meses, teve uma forte queda para -14 pontos em abril, de 51,6 em março, representando o maior recuo desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022.
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