Mercado

Ibovespa B3 tem mais um dia positivo, com alta de 0,47%; dólar sobe 0,34% e vai a R$ 5,75

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (27) e o que movimentou os ativos

Depois de subir até os 133.904 pontos, o Ibovespa B3 perdeu um pouco de tração durante a tarde, mas fechou em mais um dia de alta, subindo 0,47%, aos 133.149 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a tocar os 132.479 pontos.

Segundo operadores, a notícia de que o presidente americano, Donald Trump, pretende aplicar uma sobretaxa a todos bens importados do Brasil, caso decida incluir o país no tarifaço do dia 2 de abril, ajudou a reduzir o avanço do índice.

Ibovespa hoje

Durante boa parte da sessão, a forte correção registrada pelos juros futuros deu suporte para um avanço do índice. Dados melhores do que o esperado para o IPCA-15, assim como um leilão menor de títulos prefixados do Tesouro, impulsionaram um ajuste expressivo na curva de juros.

A subida de blue chips, como Vale e Petrobras, em mais um dia favorável de fluxos de investidores estrangeiros, ajudou a potencializar uma alta no índice. As ações PN da Petrobras encerraram em alta de 0,75%, enquanto os papéis da Vale avançaram 0,80%.

Durante parte da sessão, a liquidez foi mais baixa, o que pode ter intensificado a volatilidade. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 15,6 bilhões e de R$ 20,8 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, em um pregão marcado pela apreciação da moeda dos Estados Unidos frente às divisas da América Latina. Nos demais mercados houve queda do dólar.

A incerteza em torno das medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuou trazendo volatilidade aos ativos, com possível desmonte de posições nos mercados da região.

Encerradas as negociações, o dólar à vista avançou 0,34%, cotado a R$ 5,7521, depois de bater na mínima de R$ 5,7221 e encostar na máxima de R$ 5,7706.

Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,74%, cotado a R$ 6,2088.

No exterior, perto do fechamento, o índice DXY recuava 0,25%, aos 104,290 pontos.

Bolsas de Nova York

Os principais índices acionários de Nova York fecharam esta quinta-feira (27) em leve queda. O mau humor causado nos mercados pela incerteza com relação à política tarifária de Donald Trump foi suficiente para ofuscar a revisão dos dados acima do esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do quarto trimestre.

No fechamento, o índice Dow Jones registrou queda de 0,35%, aos 42.299,70 pontos, enquanto o S&P 500 desvalorizou 0,33%, aos 5.693,31 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,53% aos 17.804,03 pontos.

O setor de melhor desempenho hoje foi o de bens de consumo básico (1%). Em contraponto, o setor de tecnologia registrou uma queda de 0,75% no dia.

Os mercados ainda digerem o anúncio feito por Trump ontem, após o final do pregão, de que os Estados Unidos irão aplicar uma tarifa de 25% sobre todos os veículos que não forem produzidos no país.

Além disso, os investidores seguem à espera de mais informações sobre as taxas que serão divulgadas no dia 2 de abril, chamado pelo presidente de ‘Liberation Day’.

As incertezas causadas pela política comercial dos EUA também ofuscaram os dados de crescimento do PIB do quarto trimestre. O indicador foi revisado para cima, para 2,4% em base anualizada, ante as expectativas de que ficaria em 2,3%, em linha com a segunda leitura.

Já os pedidos semanais de seguro-desemprego tiveram queda de 225 mil para 224 mil, um sinal de resiliência no mercado de trabalho, ainda que abaixo do consenso dos analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que apontava para 226 mil novos pedidos.

Bolsas da Europa

Os principais índices de ações da Europa fecharam em queda nesta quinta-feira (27), com o peso do anúncio de Donald Trump de tarifas de 25% sobre a importação de automóveis, que pressionou as ações do setor.

No fechamento, o índice Stoxx 600 teve queda de 0,46%, aos 546,18 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 0,27%, aos 8.666,12 pontos, o DAX, de Frankfurt, caiu 0,70%, aos 22.678,74 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,51%, aos 7.990,11 pontos.

Entre as ações do setor automotivo, a Volkswagen anotou queda de 1,26%, a Mercedes-Benz recuou 2,81% e a Stellantis cedeu 4,44%.

O presidente americano também prometeu punições mais severas à União Europeia (UE) e ao Canadá caso eles se unissem contra os Estados Unidos, ampliando as tensões da guerra comercial iniciada por Trump, antes do pacote de tarifas recíprocas previsto para o dia 2 de abril.

O economista-chefe da Europa da Capital Economics, Andrew Kenningham, vê que, caso as tarifas sobre automóveis permaneçam em vigor por um certo tempo, isso seria “bastante prejudicial” para a Alemanha.

“As exportações de automóveis para os EUA representam quase meio por cento do valor agregado na economia alemã”, disse Kenningham.

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