Mercado

Força das empresas locais leva Ibovespa a fechar em alta; dólar cai

A preocupação em torno de uma forte desaceleração na economia americana foi deixada em segundo plano, ao menos por ora

O Ibovespa fechou em alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos nesta quarta-feira (07/08). Já o dólar apresentou queda de 0,55%, cotado a R$ 5,62. O índice foi apoiado por ações domésticas em meio à queda de juros futuros ao longo do dia e ao dar sequência à recuperação após as perdas na segunda-feira (5). Os resultados positivos de empresas listadas também ajudaram a impulsionar o índice.

Ibovespa

A preocupação em torno de uma forte desaceleração na economia americana foi deixada em segundo plano, ao menos por ora.

Além disso, a sinalização do Banco do Japão (BoJ) de que não elevará os juros diante da instabilidade recente nos mercados também contribuiu para o bom humor dos investidores.

Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.268 pontos e, nas máximas, os 127.517 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,84 bilhões no Ibovespa e R$ 21,01 bilhões na B3.

Dólar

O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira em queda, apoiado pelo movimento global de retomada de risco após o vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, afirmar que a autoridade monetária não subirá juros em meio à “instabilidade” dos mercados.

Ainda que parte do bom humor tenha se dissipado ao longo da tarde, o real e outras moedas de países emergentes ainda encontraram fôlego para apreciar na sessão.

dólar à vista fechou em queda de 0,55%, cotado a R$ 5,6249, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,6405 e a mínima de R$ 5,5977. O euro comercial recuou 0,63%, a R$ 6,1434.

No exterior, por volta de 17h10, o índice DXY do dólar subia 0,22%, a 103,196 pontos, puxado pela forte alta da moeda americana sobre o iene, de cerca de 1,5%.

O dólar, em contrapartida, recuava ante pares do real: a divisa anotava baixa de 1,64% contra o peso mexicano; tinha leve baixa de 0,08% ante o peso chileno; e recuava 0,52% no confronto com o rand sul-africano.

Bolsas de Nova York

Depois de passar a maior parte da sessão em alta impulsionadas pelos comentários “dovish” de um representante do banco do Japão (BoJ), os principais índices acionários de Nova York inverteram o sinal e fecharam o dia em queda.

O movimento se deu após um leilão de Treasuries de 10 anos registrar uma demanda baixa, o que deu força para os rendimentos dos títulos e pressionou as bolsas.

Em Wall Street, o índice Dow Jones  teve queda de 0,60%, a 38.763,45 pontos; o S&P 500 caiu 0,77%, a 5.199,50 pontos; e o Nasdaq recuou 1,05%, a 16.195,81 pontos.

As ações de tecnologia, que mostraram ganhos expressivos no início do dia, passaram para o campo negativo. A Nvidia recuou 5,08%, enquanto a Meta Platforms teve queda de 1,05% e a Advanced Micro Devices (AMD) caiu 1,16%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a quarta-feira (7) em alta, impulsionados pelos ganhos em ações de bancos, em meio a uma sessão de recuperação global dos ativos de risco.

O índice Stoxx 600 subiu 1,56%, a 496,06 pontos, o CAC 40, de Paris, escalou 1,91%, para 7.266,01 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,50%, a 17.615,15 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou ganho de 1,75%, para 8.166,88 pontos.

O setor bancário teve alta de 3% no Stoxx 600, com as ações do HSBC subindo 2,01% e o Standard Chartered avançando 2,79%.

Contudo, os ganhos do setor, e das bolsas da região como um todo, foram limitados por perdas ocasionadas por balanços mais fracos, como foi o caso dos papéis do Commerzbank, que fecharam em queda de 3,72%, após seus resultados trimestrais desagradarem os investidores.

Os analistas do Deutsche Bank pontuam que os ganhos de hoje fazem parte de um movimento mais amplo de aumento de apetite ao risco, depois das sinalizações do vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida.

Ele disse que o BoJ não aumentará as taxas de juros enquanto os mercados estiverem instáveis. Os comentários pressionaram o iene e impulsionaram bolsas mundo afora.

*Com informações do Valor Econômico

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