Frustração com estímulo chinês afeta Ibovespa, que fecha em queda de 0,38%; dólar sobe 0,86%, cotado a R$ 5,53
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (8) e o que movimentou os ativos
O Ibovespa encerrou em queda hoje, puxado pelas ações da Vale e da Petrobras, em meio à frustração dos investidores com a ausência de novos estímulos da China e diante das incertezas no Oriente Médio.
O recuo dos juros futuros, porém, ajudou a apoiar ações mais sensíveis à economia doméstica.
Ibovespa hoje
Assim, o Ibovespa recuou 0,38%, aos 131.512 pontos.
Na mínima intradiária, o índice chegou a 130.371 pontos, enquanto na máxima tocou os 132.016 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 15 bilhões no Ibovespa e de R$ 19,9 bilhões na B3.
O papel ordinário da Vale recuou 3,03%, cotado a R$ 61,12, o que fez a companhia perder 8,8 bilhões em valor de mercado hoje, totalizando R$ 277 bilhões.
Já as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras recuaram 2,01% e 2,16%, respectivamente, diante da queda firme do petróleo no mercado internacional.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu valorização firme na sessão de hoje.
O real teve um dos piores desempenhos do dia, em meio à quebra de expectativas dos investidores sobre novos estímulos à economia chinesa.
Por conta desta frustração, os preços das commodities recuaram, pressionando para baixo as divisas ligadas a tais matérias-primas.
Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial fechou negociado em alta de 0,86%, cotado a R$ 5,5322, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,4961 e batido na máxima de R$ 5,5362.
Já o euro comercial avançou 0,90%, a R$ 6,0729.
No exterior, o índice DXY tinha queda de 0,04%, aos 102,495 pontos, perto das 17h05.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York encerraram o dia em alta firme, recuperando as perdas da última sessão, impulsionadas pelos ganhos em ações do setor de tecnologia.
O movimento se deu enquanto os investidores se preparam para a publicação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) e dos dados de inflação dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones teve alta de 0,30%, a 42.080,37 pontos; o S&P 500 subiu 0,97%, a 5.751,13 pontos; e o Nasdaq avançou 1,45%, a 18.182,92 pontos.
Entre as ações de gigantes de tecnologia, a fabricante de chips Nvidia fechou em alta 4,04%, registrando o quinto dia consecutivo de ganhos. A Meta Platforms subiu 1,39%; e a Apple avançou 1,83%.
Bolsas da Europa
As principais bolsas da Europa encerraram o dia em queda, em meio a frustração do mercado, que esperava mais detalhes e estímulos por parte do governo chinês.
O índice Stoxx 600 caiu 0,55%, a 516,64 pontos.
O CAC 40, de Paris, teve queda de 0,72%, para 7.521,32 pontos.
O DAX de Frankfurt, por sua vez, recuou 0,20% a 19.066,47 pontos.
O FTSE, de Londres, fechou em queda de 1,36%, a 8.190,61 pontos.
Segundo o Goldman Sachs, ainda ainda é provável que a China lance novos estímulos fiscais.
O banco espera que as autoridades aprovem um adicional de 1 trilhão de yuans a 2 trilhões em cotas especiais de títulos do governo central de prazo ultralongo até o final do ano, aproveitem as cotas de títulos do governo local não gastas para facilitar as trocas de dívidas e mantenham uma postura de flexibilização fiscal em 2025 e potencialmente além.
Empresas do setor de luxo, como o grupo LVMH (-3,57%), que é fortemente exposto ao mercado chinês, tiveram perdas expressivas.
No front macroeconômico europeu, mais cedo foi divulgado que a produção industrial da Alemanha subiu 2,9% em agosto em base mensal, após uma queda de 2,9% em julho, segundo dados ajustados por fatores sazonais e de calendário do escritório de estatísticas alemão Destatis.
A expectativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” era por alta de 0,8%.
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