Ibovespa B3 começa semana estável, mesmo com ganhos de Petrobras e Vale; dólar sobe a R$ 5,68
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta segunda-feira (12) e o que movimentou os ativos
A trégua comercial entre Estados Unidos e China teve reflexo expressivo nos índices americanos, mas o movimento no Ibovespa B3 foi mais “contido” nesta segunda-feira. O índice fechou próximo à estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 136.563 pontos, oscilando entre os 136.356 pontos e os 137.519 pontos, com apoio das ações de commodities, como Petrobras e Vale.
Após o forte rali em abril, participantes do mercado atribuem o comportamento tímido registrado hoje a uma realização de lucros e à realocação de recursos de setores mais domésticos para setores mais ligados à retomada global entra as ações do Ibovespa, diante da menor percepção de uma desaceleração econômica, com o acordo entre EUA e China.
Destaques do Ibovespa hoje
No fim do dia, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 2,39%, enquanto as ações ordinárias da petroleira (PETR3) avançaram 2,71%. Já as ações da Vale (VALE3) tiveram ganhos de 2,51%. Papéis como Braskem (BRKM5) e Prio (PRIO3) também foram destaque de alta, em um dia favorável para companhias de matérias-primas, com altas de 6,05% e 5,15%.
Por outro lado, as ações do IRB (IRBR3) lideraram as perdas no Ibovespa, com um recuo de 4,51%. O volume financeiro do índice foi de R$ 18,6 bilhões e de R$ 24,4 bilhões na B3.
Bolsas de NY
O acordo firmado entre os Estados Unidos e a China no domingo, determinando uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, impulsionou o bom humor entre os agentes financeiros e o apetite ao risco, levando as principais bolsas de Nova York a um movimento de forte alta nesta segunda-feira (12) e retirando o índice Nasdaq do terreno de ‘bear market’, reportou o MarketWatch.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 2,81%, aos 42.410,10 pontos; o S&P 500 ganhou 3,26%, aos 5.844,19 pontos; e o Nasdaq teve alta de 4,35%, aos 18.708,344 pontos, uma alta de 22,53% desde a mínima registrada neste ano no começo da guerra comercial. O setor de tecnologia foi um dos destaques no dia, com valorização de 4,66%.
As ações das Sete Magníficas foram responsáveis por grande parte do movimento de alta nas bolsas. Os ativos da Amazon (8,12%) e Meta (7,97%) tiveram as maiores altas no grupo, enquanto a Tesla ganhou 6,82%, a Apple subiu 6,2% e a Microsoft avançou 2,38%. Já os papéis da Alphabet e Nvidia valorizaram 3,73% e 5,44%, respectivamente.
Para além da pausa, os EUA concordaram em reduzir sua tarifa de 145% sobre produtos chineses para 30%, enquanto a China concordou em reduzir sua tarifa sobre produtos americanos para 10%. As tarifas setoriais dos Estados Unidos ainda serão aplicadas. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse à CNBC hoje que espera se reunir novamente com representantes de Pequim nas ” próximas semanas ” para começar a negociar um acordo mais amplo.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real na sessão desta segunda-feira, em um movimento semelhante ao observado na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor.
Encerradas as negociações, o dólar à vista exibiu valorização de 0,53%, cotado a R$ 5,6849, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6605 e batido na máxima de R$ 5,7059. Pares da América Latina também depreciavam, com o dólar em alta de 0,88% ante o peso mexicano e 0,56% contra o peso chileno. Já o euro comercial recuou 0,93%, a R$ 6,3060.
A percepção entre operadores é que, ainda que o alívio nas tensões comerciais beneficiem ativos de risco em geral, o fluxo global se orientou para os Estados Unidos, corrigindo um pouco da saída de capital do país nas últimas semanas. Além da recuperação de credibilidade com todo o imbróglio tarifário, a redução de chances de uma recessão da economia americana ajudou os mercados do país.
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