Mercado

Ibovespa B3 fecha em alta de 1% com expectativa de fim do ciclo de alta da Selic

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (27) e o que movimentou os ativos

O dia de foi de alta no bolsa brasileira após os dados do IPCA-15 de abril, considerado a prévia da inflação. No fim do dia, o Ibovespa B3 fechou com alta de 1,02%, aos 139.541 pontos, chegando a tocar os 140.382 pontos, no ápice do dia, renovando o recorde máximo intradiário. Já na mínima, o índice bateu os 138.136 pontos.

A surpresa baixista apresentada pelo IPCA-15 reforçou a percepção de agentes financeiros de que o fim do ciclo de alta está próximo, o que ajudou a alimentar uma queda firme dos juros futuros na sessão. O movimento na curva futura teve efeito direto sobre a bolsa local.

Ibovespa hoje

Maiores altas

As ações domésticas lideraram as maiores valorizações do pregão, caso de Vamos (+9,69%), Assaí (+7,61%) e CVC (+6,67%).

Da mesma forma, papéis de bancos se destacaram entre as blue chips, a exemplo das units do BTG Pactual, que avançaram 2,75%.

O dia também foi positivo para as ações da Petrobras: as PN subiram 0,73%, ao passo que as ON avançaram 0,96%. Os papéis da Vale cederam 0,31%.

Maiores baixas

Já a maior queda foi puxada pelos papéis da CSN Mineração, de 5,80%, após analistas do Morgan Stanley alterarem a recomendação do papel de neutra para venda e reduzirem o preço-alvo de R$ 6,20 para R$ 5,30.

Após um pregão de liquidez reduzida na véspera, o giro financeiro do Ibovespa foi de R$ 17,9 bilhões.

Dólar

O dólar à vista exibiu desvalorização frente ao real nesta terça, apagando a apreciação observada no último pregão, que foi marcado pela menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos.

Hoje, além de um dia mais construtivo para divisas da América Latina, por conta de ajustes de posição, os agentes ficaram mais otimistas com o mercado local diante da composição melhor da prévia da inflação de maio, o IPCA-15.

Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,53%, cotado a R$ 5,6451, depois de ter batido na mínima de R$ 5,6412 e encostado na máxima de R$ 5,6719.

Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,99%, cotado a R$ 6,3965. O dólar também recuava 0,23% contra o peso chileno e 0,99% ante o peso colombiano perto do fechamento do mercado “spot” no Brasil.

Bolsas de Nova York em forte alta

As principais bolsas de Nova York fecharam o dia em forte alta, na medida em que os investidores reagem ao alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia.

Os dados de sentimento do consumidor divulgados pelo Conference Board mostraram uma melhora após cinco meses consecutivos de queda, apoiando o movimento de alta dos índices.

O índice Dow Jones teve alta de 1,78%, aos 42.343,65 pontos; o S&P 500 teve ganho de 2,05%, aos 5.921,54 pontos; e o Nasdaq subiu 2,47%, aos 19.199,16 pontos. Todos os setores terminaram o dia no campo positivo, com destaque para tecnologia e consumo discricionário que tiveram as maiores altas do dia, de 2,55% e 3,04%, respectivamente.

Entre as ações, um dos melhores desempenhos do dia foram dos ativos da Tesla (+6,94%), após Elon Musk dizer no final de semana que irá focar mais em suas empresas em detrimento de seu cargo político. Os papéis da Warner (+6,11%) e da Arm (+5,33%) também tiveram fortes ganhos.

A queda nas taxas dos Treasuries em todos os pontos da curva a termo, impulsionada pelo arrefecimento nas tensões comerciais e pelo alívio nos juros superlongos do Japão, também deram suporte às bolsas de Nova York, hoje.

O índice de confiança do consumidor do Conference Board saltou para 98 em maio, ante 85,7 revisados do mês anterior, no primeiro ganho após cinco meses consecutivos de queda. A confiança melhorou após o acordo temporário entre EUA e China no meio de maio.

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