Mercado

Ibovespa B3 fecha em leve alta após dia volátil; dólar fecha semana cotado a R$ 5,65

Na semana, o principal índice de ações da bolsa brasileira, o Ibovespa, avançou 1,02%

As incertezas em torno do encontro para a discussão de tarifas entre representantes dos EUA e da China, que ocorre no fim de semana, incrementaram a volatilidade do Ibovespa B3 na sessão de hoje, que fechou com alta de 0,21%, aos 136.512 pontos, oscilando entre os 136.105 pontos e os 137.286 pontos. Depois da forte alta da véspera, o dia foi de ajuste. Na semana, o índice avançou 1,02%. Investidores também repercutiram os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril.

A subida de boa parcela das blue chips ajudou a segurar o índice no campo positivo. As ações PN da Petrobras subiram 0,65%, enquanto as da Vale avançaram 0,40%. O destaque ficou para as ações PN do Itaú, que avançaram 5,41%, após a divulgação dos números do banco do primeiro trimestre. Os balanços da Porto Seguro e da PetroReconcavo também foram bem-recebidos pelo mercado. Não à toa, as ações subiram 5,66% e 5,49%, nessa ordem.

Já na ponta contrária, as ações da Azul lideraram as maiores quedas, com recuo de 11,89%, mantendo a tendência mais negativa dos papéis. MRV e CSN também foram destaque de perdas, em uma reação negativa após a divulgação dos balanços. No fim do dia, as ações das companhias cederam 11,22% e 9,87%, nessa ordem.

O volume financeiro do Ibovespa na sessão foi de R$ 23,6 bilhões e de R$ 29,4 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar à vista exibiu leve desvalorização frente ao real nesta sexta-feira, dando continuidade ao movimento observado na sessão anterior. Os agentes financeiros seguiram ajustando posições, o que beneficiou moedas de mercados emergentes, na véspera de um encontro entre Estados Unidos e China.

A indicação do presidente americano, Donald Trump, de que pode cortar parte das tarifas contra produtos chineses, ajudou a tirar força do dólar globalmente nesta sessão, com os investidores apostando em um arrefecimento nas tensões globais. Apesar da valorização do real hoje, o movimento foi mais contido em relação aos pares emergentes.

Encerradas as negociações no mercado à vista, o dólar comercial registrou queda de 0,11%, cotado a R$ 5,6547, mas na semana avançou 0,02%. Enquanto isso, o euro comercial exibiu alta de 0,17%, a R$ 6,3649.

Das 33 moedas mais líquidas, 27 exibiam valorização frente ao dólar perto do horário de fechamento.

Já o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,27%, aos 100,365 pontos.

Bolsas de NY

Às vésperas do encontro entre os membros do governo americano e chinês para discutir um acordo sobre a guerra comercial em Genebra, na Suíça, neste sábado, as principais bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em queda, após um dia marcado pela alta volatilidade, devido às incertezas sobre o destino das negociações.

No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,29%, aos 41.249,38 pontos; o S&P 500 avançava 0,07%, aos 5.659,91 pontos; e o Nasdaq terminou estável, aos 17.928,92 pontos. A desaceleração das bolsas no decorrer do dia foi provocada pela queda no setor de saúde (-1,10%) e a estabilidade no setor de tecnologia.

As principais quedas do dia foram das ações da CrowdStrike (-4,23%), Regeneron Pharmaceuticals (-3,63%) e Alphabet (-0,99%). Enquanto isso, os papéis da Trade Desk tiveram alta de 18,63%, a Tesla subiu 4,72% e o Mercado Livre avançou 1,66%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje em sua rede social, a Truth Social, que uma tarifa de 80% sobre bens da China ‘parece adequada’, mas que o patamar dependeria do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que estará nas negociações na Suíça. O republicano afirmou ainda que o país asiático deveria “abrir seu mercado para os EUA”, pois “mercados fechados não funcionam mais”.

Economistas do Goldman Sachs, esperam que EUA e China removam as tarifas retaliatórias em breve, provavelmente nas próximas semanas. Ainda assim, resultando em um aumento tarifário ainda substancial de 54 pontos percentuais e 34 pontos percentuais, respectivamente.

Os investidores aguardarão os dados de inflação do CPI de abril na terça-feira, que devem mostrar os primeiros impactos inflacionários das tarifas, devido à antecipação de preços dos importadores, de vendas no varejo na quinta-feira e a pesquisa preliminar de sentimento do consumidor e inflação da Universidade de Michigan para maio na sexta-feira.

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