Ibovespa B3 fecha em mais um recorde após Fed baixar juros dos EUA e à espera da Selic
Ibovespa B3 renovou máxima de fechamento pelo terceiro dia seguido, e atingiu os 146 mil pontos durante o pregão
A Super Quarta deu impulso ao Ibovespa B3, que fechou no maior patamar da sua história após subir 1,06%, aos 145.593,63 pontos no fechamento. O recorde foi suportado pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de baixar os juros do país.
O principal indicador de ações do mercado brasileiro ainda bateu sua máxima histórica intraday, ultrapassando os 146 mil pontos pela primeira vez. O valor foi alcançado pouco antes da decisão do Fed ser anunciada.
Conforme amplamente esperado pelo mercado, a autoridade monetária americana reduziu as taxas de juros em dólar para a faixa entre 4,00% e 4,25% ao ano. Pouco antes do anúncio da decisão, 96% do mercado esperava esse corte, de 0,25 ponto porcentual. Agora, a expectativa dos analistas aponta para mais dois cortes na mesma magnitude nas próximas reuniões de 2025.
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Agora as atenções do mercado estão na ‘segunda parte’ da Super Quarta, com a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central Brasileiro (Copom), sobre a taxa Selic. A expectativa é que os juros no Brasil sejam mantidos em 15% ao ano.
Super Quarta tem decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. Acompanhe ao vivo
Ibovespa hoje
Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 146.330,90 pontos, na máxima histórica, e 143.910,14 pontos na mínima do dia. O volume negociado foi de R$ 26,1 bilhões. Com os ganhos do dia, o IBOV acumula alta de 21,04% em 2025.
Maiores altas
| Ticker | Variação (%) | Valor (R$) |
| RADL3 | 6,06 | 18,55 |
| MGLU3 | 5,31 | 11,31 |
| ASAI3 | 4,55 | 10,57 |
| CSAN3 | 3,49 | 8,00 |
| BBDC4 | 3,47 | 17,58 |
Maiores baixas
| Ticker | Variação (%) | Valor (R$) |
| MRFG3 | -2,18 | 26,92 |
| PCAR3 | -2,17 | 4,06 |
| BRKM5 | -1,33 | 8,91 |
| BEEF3 | -1,22 | 6,47 |
| VBBR3 | -0,90 | 24,29 |
Dólar hoje
Apesar do grande otimismo na bolsa de valores brasileira, o câmbio mostrou que a decisão do Fed já estava precificada. Assim, o dólar comercial variou pouco no dia, com alta de 0,06%, a R$ 5,30.
Para Thiago Calestine, economista e sócio da Dom Investimentos, no entanto, a redução de juros nos Estados Unidos é benéfica para o real.
“O corte já era esperado e estava no preço dos ativos, mas uma coisa interessante da fala do Powell que ajuda mais os ativos locais, inclusive o real, é que o presidente do Fed está fazendo com que o Banco Central americano saia de uma política monetária muito contracionista e indo por um tom mais médio”, explica. “Ele está deixando de puxar tanto o freio da economia. Então isso é bom para os ativos locais e para o real contra o dólar, dado que o custo de oportunidade global tá ficando mais barato”.
Bolsas de NY
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta quarta-feira. No fim do dia, o S&P 500 recuou 0,10%, o Nasdaq cedeu de 0,33%, enquanto o Dow Jones subiu 0,57%.
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