Ibovespa B3 sobe 0,20% e recupera os 123 mil pontos; dólar despenca 2,72% e fecha a R$ 5,75
Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (5) e o que movimentou os ativos
O Ibovespa B3 encerrou em leve alta de 0,20%, aos 123.047 pontos, nesta quarta-feira, apoiado pelo avanço das ações da Vale, em uma sessão de incertezas com a política tarifária global.
Já a forte desvalorização dos papéis da Petrobras, que acompanhou o recuo do petróleo no mercado internacional, impediu um movimento mais positivo do índice.
Com a possível moderação da política tarifária dos EUA, os principais índices acionários americanos avançaram: Nasdaq subiu 1,46%; S&P 500 ganhou 1,12% e o Dow Jones teve alta de 1,14%.
Ibovespa hoje
Como sinalizado pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, o presidente Donald Trump pode amenizar as medidas estabelecidas contra México, Canadá e China, a depender de acordos comerciais com os países.
Mesmo assim, as dúvidas com a política externa influenciaram a sessão doméstica na volta do feriado de Carnaval e causaram um volume reduzido de negociações.
Até as 18h15, o giro financeiro no Ibovespa atingiu os R$ 16 bilhões; na B3, R$ 19 bilhões.
Ao longo do dia, o Ibovespa oscilou entre 122.747 pontos e 123.364 pontos.
Dólar hoje
O dólar comercial encerrou o pregão desta quarta-feira em forte queda de quase 3%, para o patamar de R$ 5,75.
A expectativa por uma postura mais moderada do governo dos Estados Unidos em sua política tarifária foi o principal vetor da depreciação da moeda americana.
O que foi reforçado com a suspensão, por um mês, das tarifas de importações do México e do Canadá no setor automotivo.
Ainda que o movimento tenha sido global, o real anotou o melhor desempenho dentre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
Uma vez que o câmbio doméstico precificou toda a recente fraqueza do dólar após os mercados locais ficarem fechados nos dois primeiros dias desta semana por conta do feriado de Carnaval.
Com isso, ao fim da sessão, o dólar à vista anotou queda de 2,71%, a R$ 5,7559, após oscilar entre a mínima de R$ 5,7519 e a máxima de R$ 5,8468.
O euro comercial, por outro lado, avançou 1,28%, a R$ 6,2111, refletindo o fortalecimento recente da moeda europeia.
No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar ante seis divisas pares, exibia queda de 1,36%, a 104,307 pontos, perto do fechamento do mercado à vista no Brasil.
No mesmo horário, o dólar se depreciava 0,78% contra o peso mexicano; 0,84% ante o peso chileno; e 1,95% na comparação com zloty polonês.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, após o governo de Donald Trump anunciar uma pausa de um mês nas tarifas para o setor automotivo.
Depois de ter imposto na véspera uma série de taxas contra Canadá e México e ter elevado as alíquotas para a China.
O índice Dow Jones avançou 1,14%, aos 43.006 pontos.
O S&P 500 subiu 1,12%, a 5.842 pontos.
E o Nasdaq ganhou 1,46%, aos 18.552 pontos.
Entre as montadoras, a Tesla ganhou 2,60%, General Motors subiu 7,15%, Ford teve alta de 5,76% e Stellantis registrou valorização de 9,28%.
Donald Trump, durante seu discurso ao Congresso na terça-feira à noite, anunciou que quer tornar dedutível o imposto sobre os pagamentos de juros de empréstimos para veículos fabricados nos EUA.
Separadamente, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse na terça-feira à noite que Trump “provavelmente” anunciará acordos tarifários com o Canadá e o México.
Isso acabou se concretizando, pelo menos parcialmente, nesta quarta-feira, com a pausa de um mês para a imposição de tarifas para o setor aumotivo.
Por outro lado, as tarifas de Trump estão pesando sobre ações de empresas de comércio eletrônico esta semana, incluindo ações da gigante de tecnologia Amazon.
As tarifas podem desacelerar os gastos do consumidor e cortar as margens das empresas de comércio eletrônico dos EUA, de acordo com analistas do Bank of America.
Nesta quarta-feira, eBay fechou em queda de 0,18%, mas Amazon conseguiu se recuperar das quedas recentes e avançou 2,24%, assim como WayFair, que subiu 1,81%.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram esta quarta-feira em alta, impulsionados por expectativas de que os aumentos substanciais nos gastos com defesa e infraestrutura planejados pelo futuro governo da Alemanha vão dar suporte à atividade econômica no país nos próximos anos.
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 1,01%, a 556,65 pontos.
O DAX de Frankfurt avançou 3,55% a 23.119,50 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,07%, para 8.765,49 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 1,85%, para 8.196,65 pontos.
O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que os partidos que formarão o novo governo concordaram com os parâmetros gerais de uma grande reforma fiscal, incluindo um fundo no valor de 500 bilhões de euros a ser gasto em investimentos industriais e de infraestrutura ao longo de um período de dez anos.
“Esta é uma grande mudança de política anunciada antes mesmo de o novo governo ter sido formado e confirma a impressão de que Merz compreendeu a gravidade da situação que herdou e está preparado para agir decisivamente e trazer seu parceiro de coalizão com ele”, diz o economista da Capital Economics, Andrew Kenningham.
As ações da construtora alemã Hochtief subiram 15% e as da fornecedora de empilhadeiras Kion Group avançaram 20% na bolsa de Frankfurt.
Já o setor de defesa também subiu na Europa, e terminou o pregão em alta de 2,73% dentro do índice Stoxx 600.
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